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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Pentecostes e Crismas 2016

Pentecostes: Vinde Espírito Santo
 Paróquia Santo Antônio em Campanha celebra Pentecostes com crisma de jovens



“É com grande alegria, meus irmãos, que vimos chegar este dia de Pentecostes, onde a santa Igreja brilha aos olhos dos fiéis e inflama seus corações. Pois celebramos este dia em que Nosso Senhor Jesus Cristo, depois de sua ressurreição e da glória de sua ascensão, enviou o Espírito Santo.” Com o espírito e o coração como o de Santo Agostinho, ao proferir este sermão, a paróquia Santo Antônio se reuniu na noite do último sábado, dia 14 de maio, na Catedral. Como já é costume, as crismas na comunidade campanhense, preferencialmente, acontecem na solenidade de Pentecostes.  



Pentecostes era uma festa celebrada pelo povo de Israel, mas era uma festa ligada à colheita e, posteriormente, a festa do Sinai que acontecida cinquenta dias depois da Páscoa. Nos primeiros séculos do cristianismo, Pentecostes não era apenas um dia, mas os cinquenta dias do tempo pascal, que último dia tinha o seu encerramento. Havia portanto, grande unidade entre Páscoa e Pentecostes. A partir do século IV rompeu-se essa unidade e Pentecostes passou a ser uma festa distinta da Páscoa. A renovação do Vaticano II resgatou a unidade perdida, propondo que Pentecostes seja o encerramento da festa pascal.

A solenidade de Pentecostes é o dia em que o mistério pascal atingiu a sua plena realização no dom do Espírito Santo derramado sobre a Igreja. O espírito profético de Jesus torna-se o grande Dom da Igreja, tornando-a comunidade da proclamação e do testemunho. Como o Espírito enviou os apóstolos em missão, o bispo confirma os jovens para que assumam o compromisso de ser igreja na realidade em que vivem.  

Dom Pedro Cunha Cruz, iniciou sua homilia comentando justamente isso: como a liturgia de Pentecostes é propícia para a celebração do sacramento. E ainda comentou que, naquele fim de semana, iria crismar cerca de 500 jovens. Em Campanha foram 167, sendo que 10 receberam, pela primeira vez, a Eucaristia.

Dirigindo-se diretamente aos crismandos, o bispo explicou a importância da apresentação que o pároco faz, após o Evangelho, daqueles que receberão o sacramento. “A primeira dimensão é que toda comunidade visibiliza cada um quando vocês ficam em pé. Você se apresenta à comunidade como alguém que caminhou, que começou este itinerário catecumenal movido por um anúncio de uma verdade, uma alegria, que é o anúncio do evangelho, como diz o papa Francisco: é a alegria do Evangelho. Alguém alegrou o coração de vocês dizendo que existe a Igreja, que existe esse grupo de crisma, que existe o catecumenato crismal e que vale a pena conhecer mais profundamente esse Cristo [...]. Então vocês devem ser parabenizados não simplesmente pelo fato de receberem a unção do crisma mas por terem perseverado desde o início até o fim. O fim de uma etapa, mas não é fim de todo caminho. [...]”
 
E continuou: “Outro aspecto de vocês estarem em pé é demonstrar uma prontidão para o santo serviço que a igreja hoje deposita como esperança em cada um de vocês. Quando nós ungimos, o coração do bispo se enche de alegria pela presença desse próprio Espírito. Também é um dia de esperança pois nós queremos ouvir de cada um de vocês: “Eis-me aqui”; “Senhor Jesus, coloco-me a serviço da tua Igreja”. E esse gesto de ficar em pé, significa que vocês estão preparados para serem enviados. “
 
Prosseguindo, o bispo fez uma síntese das leituras do dia, destacando, na primeira leitura (At 2, 1-11), a alegria e a unidade na diversidade de línguas, ressaltando que os apóstolos perceberam essa maravilha ao ver tantas pessoas, de diversas partes do mundo falando a mesma língua na fé. Comentando a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (12, 3b-7.12-13), afirmou que todos nós fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, que é o corpo do senhor Jesus. Ainda que de famílias diferentes, nós recebemos um único batismo; e que a solenidade de Pentecostes nos faz refletir para que relevemos tudo aquilo que é divisão em nós, tudo aquilo que é rixa, tudo aquilo que se opõe à unidade. No Evangelho (Jo 20, 19-23), o Cristo nos dá o seu Espírito Santo para que os apóstolos possam transformar a dor em alegria; o Espírito é o sopro de vida!

Dom Pedro relatou aos jovens parte de sua caminhada na Igreja. “Eu fui crismado numa idade um pouco acima de vocês, fui crismado com 18 anos. Não me lamento por isso! Trabalhei muito na Igreja. Tive tempo suficiente para amadurecer o pensamento em Cristo. Então, quando eu vejo vocês, eu me vejo lá atrás! [...]. Aquela mesma alegria ao lado do meu padrinho, com toda convicção, com todo credo na minha cabeça... e amando cada vez mais! Quanto mais eu aprendia sobre a nossa religião, mais amor eu sentia! Mais unido eu estava à Igreja de Cristo. Por isso quando fui crismado, eu perguntei ao padre: ‘Padre, e agora, o que eu vou fazer? Onde o senhor precisa que eu trabalhe?’ ‘Você vai coordenar o grupo de perseverança da paróquia!’ [...] Fiz esse trabalho segundo a vontade do Espírito até quando ele quis.”

E, concluindo, deixou uma mensagem de fé e confiança para os crismandos: “Não tenham medo, jovens, de dizer SIM a Cristo, como dizia o papa emérito. Ele não tira nada de vocês; ele dá, e dá em abundância! E ainda, para que vocês continuem a amar incondicionalmente a fé e a Igreja de vocês, eu sempre digo três coisas que devemos nos orgulhar: a nossa nacionalidade, a nossa etnia e a nossa fé!”





Texto: Flávio Maia - PASCOM/Campanha


 




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