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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Santíssimos Corpo e Sangue de Cristo 2016


“O desejo de ver-Te adorado, tanto invade o meu coração
Que eu quisera estar noite dia, a teus pés em humilde oração!”
 
Paróquia Santo Antônio celebra a solenidade dos Santíssimos Corpo e Sangue de Cristo

A tradicional solenidade dos Santíssimos Corpo e Sangue de Cristo, popularmente chamada de Corpus Christi, foi celebrada, na paróquia Santo Antônio, sé diocesana, com os tradicionais tapetes de serragem. Foram celebradas 3 missas na catedral, às 7h, 10h e 15h, sendo este último horário, a missa solene com a procissão.

Os católicos começaram a dedicar um dia específico para demonstrar a devoção no Cristo Eucarístico na Idade Média, no ano de 1264, com a bula Transiturus de mundo do papa Urbano IV. A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia. Aconteceu que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia. O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.

Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.
 
A celebração solene em Campanha foi presidida pelo pároco, Pe. Luzair Colelho de Abreu, chanceler do bispado, e animada pelo Coral Catedral. Em sua reflexão, pe. Luzair começou explicando aos fieis o real sentido da celebração. A Eucaristia é o centro da vida e da missão de Jesus entre nós. Ele veio fazer de nós uma comunidade de pessoas solidárias que se amam, se ajudam e vivem em comum-união e na partilha.

O clérigo também lembrou um rito muito significativo da páscoa judaica. “A páscoa judaica se dá com a celebração em torno da figura do pai. Ao reunir a família, num dado momento, era instigado pela figura do mais novo da família: ‘O que significa este rito?’ Olhando para a páscoa de Jesus, com seus discípulos, certamente ela se deu nesse contexto, nesse formato da páscoa judaica. Jesus como aquele pai de família que se apresenta para sua comunidade; eles reunidos em torno do banquete, o mais novo certamente fez a mesma pergunta; o mais provável era que tenha sido João, o evangelista: Jesus, o que significa este rito?”  

Continuou recordando que a Vigília Pascal provavelmente segue o mesmo esquema da páscoa judaica, principalmente na escolha dos textos bíblicos que são utilizados, pois dão uma visão geral da história do povo judeu. Pe. Luzair convidou os fieis a se perguntarem como eles estão celebrando a Eucaristia, pois essa é um questionamento que todos devem se fazer sempre que participam da missa.

“Jesus, ao deixar a Eucaristia, nos deixa a Eucaristia como um memorial. Não como um memorial morto, não como um passado! Esse memorial instituído por Jesus não é um acontecimento, não são cinzas de uma pessoa ilustre. Não! Esse memorial é uma pessoa viva, presente no meio do povo: é Jesus Cristo! Jesus se faz presença no nosso meio! E a Eucaristia é o grande memorial dessa presença. Jesus está presente realmente no altar, quando celebramos a santa Eucaristia.[...] A Eucaristia dá a nossa identidade, a base para que nós sejamos povo de Deus, para que sejamos povo cristão, para que sejamos realmente discípulos de Jesus. A Eucaristia é memória, a Eucaristia é presença! [...]”

Após a missa, deu-se início a procissão com o Santíssimo Sacramento. Os fieis das diversas pastorais e segmentos se esmeraram na confecção dos tapetes para a passagem da procissão. O trabalho iniciou-se com o raiar do sol e terminou por volta do meio dia. E os moradores das casas por onde foi o trajeto da procissão também enfeitaram as janelas com toalhas e jarros com flores.

 




 

 

























Reportagem: Flávio Maia - PASCOM/Campanha

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