Seminário Propedêutico celebra festa
do padroeiro
São
Pio X, cujo nome de batismo era Giuseppe Melchiorre Sarto, nasceu em 2 de junho
de 1835 e faleceu em 20 de agosto de 1914. Era o segundo filho de uma família
de 10 filhos que morava na zona rural de Treviso, Itália. Foi eleito bispo de
Mântua em 1884 e, em 1896, foi elevado ao Patriarcado de Veneza. A eleição para
o pontificado ocorreu 4 de agosto de 1903. São Pio X, foi o único papa do
século XX a ter uma vasta experiência pastoral em nível paroquial. No Brasil,
ele criou as dioceses de Taubaté (SP), a nossa diocese de Campanha;
arquidiocese de Aracaju (SE); e na Bahia, as dioceses de Ilhéus, Barra e
Caetité. Sua beatificação foi em 1951 e
a canonização, em 3 de setembro de 1954.
Relicário com a relíquia de São Pio X |
Em
sua homilia, Dom Pedro fez um resgate de suas lembranças pessoais acerca de S.
Pio X. Quando estudava na Itália, teve a possibilidade de conhecer a casa onde
morou o papa. Recorda-se muito dos pares de sapato do jovem Giuseppe. Ele ia
descalço para a escola, carregando os sapatos na mão para não gastá-los e só os
colocava quando entrava na escola.
“O
seu lema ‘Restaurar todas as coisas em Cristo’, tem muito a ver com seu desafio
apostolado. [...] Seu antecessor, Leão XIII, já se preocupava com as chamadas doutrinas
modernistas que invadiam não somente a Igreja, mas arrastavam todos os fieis a
uma secularização exagerada. Por isso fazer com que a doutrina de Cristo se
mantenha intacta, mediante essas correntes de pensamento humano, muitas delas
descartando a ideia de Cristo, afirmando que Deus seria tão somente uma ideia
criada pelo homem com diversos motivos, e um deles seria o medo da morte. Ele
também lutou [...] contra o laicismo onde os leigos descartavam a necessidade
do Evangelho de Cristo e participação da Igreja, como nós chamamos ainda hoje
do binômio fé sim – Igreja não.”
Dom
Pedro destacou também os feitos pastorais de São Pio X. A catequese esteve
sempre muito presente em seu episcopado, publicando o chamado “Catecismo de S.
Pio X”. Promoveu várias reformas pastorais, entre elas a participação dos fieis
no culto eucarístico, propiciando a comunhão regular (antigamente era por
hábito comungar apenas na páscoa, dia do padroeiro, e algumas solenidades).
Outro traço marcante foi a redução da idade para comunhão: crianças poderiam
comungar a partir de 7 anos de idade. “Outro traço ainda marcante, é a pastoral
em contato direto com os fieis. São Pio X não gostava de padres, chamados
padres de sacristia, embora fosse ainda uma vertente muito acentuada em sua
época. [...] O maior desejo de sua obra era ver todas as pastorais da Igreja,
indo ao encontro direto com os fieis, uma Igreja muito próxima do povo santo de
Deus. Que bonito ver isso! Um desejo de um papa no início do século XX que
ainda é muito presente, vivo, nos dias de hoje”. O bispo recordou também que S.
Pio X também trabalhou como padre no seminário de sua diocese (Treviso)
Ao
final da celebração, o reitor do seminário propedêutico, Pe. Edson Pereira de
Oliveira, fez um agradecimento especial a Dom Pedro pela presidência e
confiança nele depositada; aos professores e demais profissionais que
acompanham a formação dos seminaristas, que são os responsáveis pela lapidação
desses jovens; e manifestou sua gratidão aos diretores espirituais que acompanham
os seminaristas, pois são os companheiros de caminhada. As festividades
encerraram-se com um almoço de confraternização entre os presentes no
refeitório do seminário.
A
festa litúrgica de São Pio X é celebrada no dia 21 de agosto.
Reportagem: Flávio Maia - PASCOM/Campanha
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