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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

15 de setembro - Nossa Senhora das Dores

15 de setembro: Nossa Senhora das Dores

D. Pedro Cunha Cruz preside missa solene na Catedral Santo Antônio em honra da padroeira do Seminário Filosófico, faz a diplomação dos novos cônegos do cabido e abre ao público o memorial do servo de Deus D. Othon Motta

Imagem de N. Sra. das Dores, padroeira do Seminário Diocesano

O dia 15 de setembro é uma data de grande importância para o Seminário Diocesano de Filosofia Nossa Senhora das Dores, que celebra solenemente sua padroeira. Diferente do que acontece anualmente, a celebração não foi realizada no oratório da instituição e sim na Catedral. Na celebração da manhã desta quinta-feira, além da celebração solene da padroeira do seminário, nosso bispo D. Pedro Cunha Cruz restituiu o cabido catedralício diocesano. Também foi lembrada na celebração os 57 anos da chegada do servo de Deus Dom Othon Motta, terceiro bispo diocesano, que está com processo de beatificação aberto, em fase diocesana.



Padroeira do Seminário
Durante 9 dias, o Seminário Filosófico Nossa Senhora das Dores realizou novena preparatória, de 6 a 14 de setembro, para a celebração de hoje. De acordo com o reitor da instituição, Pe. Carlos Henrique Machado de Paiva, o tema da novena foi “Com a Mãe das Dores, vivamos a misericórdia, busquemos a santidade”. Ainda conforme o reitor, este ano a novena foi realizada sem interrupção, diferente do que acontecia em anos anteriores, devido às atividades pastorais dos seminaristas. Presidiram as celebrações, os padres que já foram reitores do seminário: Pe. Rogério Ferreira, Pe. João Luís, Con. José Hugo, Pe. Roberto Donizetti, Pe. Bruno César, Con. Luzair Coelho, Pe. Sérgio Roberto Monteiro. Dom Pedro presidiu a missa de domingo último, dia 11, quando foi realizada a Festa das Famílias, evento já tradicional no seminário. É a ocasião em que o seminário recebe os familiares dos rapazes que estão se preparando para o sacerdócio; é um momento de confraternização entre os seminaristas e seus familiares. 
 
A celebração
A celebração matinal desta quinta-feira foi presidida pelo bispo diocesano D. Pedro Cunha Cruz. Antes de iniciar a celebração, o bispo, acompanhado dos padres do cabido, abençoou e aspergiu os fieis presentes na Catedral Santo Antônio. Logo em seguida, dirigiram-se à capela do Santíssimo para oração pessoal.

Diversos padres da diocese, cerca de 30, de diferentes foranias, se fizeram presentes, concelebrando a missa. Os seminaristas do curso filosófico ficaram responsáveis pela liturgia, servindo o altar e proclamando as leituras. Os seminaristas do propedêutico se encarregaram da animação musical.

Em sua homilia, D. Pedro, iniciou refletindo com os fiéis a didática que o calendário litúrgico propõe:  a festa da Exaltação da Santa Cruz, dia 14 de setembro, precedendo N. Sra. das Dores, dia 15.  “O sacrifício perfeito que nós celebramos ontem, no alto da cruz, o aspecto mais elevado do próprio Cristo em sua vida, pois ali nós conseguimos colher, interpretar e entender toda envergadura do amor de Deus por nós. E deciframos, no drama da cruz, o significado do sofrimento e da própria morte, que até então não tinha uma resposta humana. Tinha a resposta no plano de Deus, e ele nos dá de forma testemunhal esse gesto de seu filho na cruz por nós. [...] Maria está hoje, nos ajudando a olhar, de maneira muito especial e carinhosa essa mesma cruz de seu filho. Celebrar essa memória, significa sinalizar uma parte de tudo o que Maria é para nós e para a Igreja.“



Ainda sobre a festa da Exaltação da Santa Cruz, d. Pedro fez uma recordação histórica, lembrando o imperador romano Constantino, que tinha “consciência de que o Cristianismo entrou em sua vida e transformou sua existência. A cada batalha que vencia, levantava o estandarte da Santa Cruz. [...] Ele reconheceu que a vitória vinha pelo sinal maior de todas as vitórias, que é a cruz. Por isso nós cantamos ontem: Vitória, tu reinarás, ó cruz, tu nos salvarás!”






“Esse ano, que também chamado de Ano da Compaixão, tema este que está na leitura de Hebreus que foi proclamada, narra uma dimensão do significado teológico do sacrifício. O próprio Deus escolhe, elege, para colocar a frente de seu povo oferecendo este sacrifício pelos seus pecados e pelos pecados da humanidade. Nós temos aqui o sacerdote por excelência que é o sumo e eterno sacerdote: Jesus Cristo.“

O bispo recordou o Sermão de São Bernardo, abade, proposto no Ofício de Leituras. “Dirá São Bernardo, a compaixão desta palavra dita por Jesus [“Mulher eis aí teu filho” – Evangelho do dia (Jo 19,26)]  passou da paixão corporal  a esse sentimento materno. Maria Santíssima, que traz qual o sentimento que temos que ter diante dessa cruz. De maneira lacrimosa vemos a imagem de Maria, as lágrimas e as dores da Senhora das Dores. Mas não é uma dor pela dor. É uma dor que alivia, portanto, nossa dor, e nos ajuda a decifrar e a viver a vida também com um sentido, mesmo em meio a dor.”

Também recordou aos fiéis a íntima ligação que a memória de hoje tem com a Semana Santa, sobretudo o Tríduo Pascal. “Não podemos pensar, portanto, a celebração da Paixão, na sexta-feira, sem olhar também, para a Senhora da Paixão, Maria Santíssima. Só ela pode entender e ajudar-nos a entender, nas suas diversas dores, a expressão do velho Simeão: “Sua alma será transpassada pela dor” para mostrar que a humanidade inteira de Jesus, abraça nossa humanidade, da alegria do nascimento até a dor da morte”
 
E citando o papa Francisco: “Maria é a mãe das dores e a mãe da misericórdia. Por isso, ao fechar a bula da misericórdia, o santo padre não poderia deixar de colocar essa cena que expressa a reciprocidade da compaixão. O olhar de compaixão de Maria por seu filho, como que solicitando o perdão por tudo que nós fizemos contra ele e contra Deus, pregando-o no lenho da cruz. E o olhar de compaixão de Jesus pela humanidade inteira neste diálogo com o apóstolo e sua mãe. Por isso o papa sublinha que ela é a Mãe das Dores e a Mãe da Misericórdia. E ninguém como Maria conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem e feito cruz. [...] Maria atesta que a misericórdia do filho de Deus não conhece limites, alcança a todos, sem excluir ninguém. Essa é uma das frases mais bonitas que encontramos na bula da misericórdia. Ninguém está excluído pelo alcance universal salvífico desse gesto de Jesus, celebrado e contemplado por nós nesse olhar conjunto da Igreja, que somos nós, com a Mãe do Salvado Jesus Cristo.”





Sobre o evangelho, Dom Pedro comentou com os fiéis sobre o significado da Cruz em São João. “A cruz de Cristo representa a glorificação. Ela não é a humilhação, no sentido desprezível do termo. Mas Deus escolheu essa lógica da contradição, da loucura da cruz. Por isso a cruz de Cristo nos atrai, e não podemos ser cristãos sem essa cruz. Pois já vivemos aqui na terra o princípio da glorificação desde o momento da ressurreição de Jesus. A mulher, além do tema da cruz, representa a própria Igreja. [...] E a Igreja nasce desse mistério que tem uma mãe, mulher, a mãe de Jesus. A mãe de Jesus que hoje celebramos, é também no sentido da Mãe Igreja, pela qual nós nascemos espiritualmente no dia de nosso batismo [...]”

E encerrando, o bispo conclamou os fiéis: “[...] que Maria nos ajude a olhar, com o olhar dela a cruz de seu Filho, mas que nos ajude portanto a carregar esta cruz sem a qual nós poderíamos ser testemunhas do seu Filho Jesus íamos ser testemunhas do seu Filho Jesus.”

O cabido de cônegos
No dia em que a Igreja celebrou a festa de São Bartolomeu apóstolo, 24 de agosto de último, o Bispo diocesano, D. Pedro Cunha Cruz publicou decreto revitalizando o cabido catedralício da diocese de Campanha. E no dia de hoje, 15 de setembro, os novos cônegos proferiram solenemente a promessa e o juramento, perante o bispo, clero e fiéis presentes na Catedral. Logo em seguida, receberam imposição do barrete pelo bispo e assinaram a ata de posse. O atual cabido é formado pelos cônegos Luzair Coelho de Abreu, arcediago; Mons. José Hugo Goulart e Silva, arcipreste; José Douglas Baroni, Chantre; Luís da Silva, tesoureiro-mor. O cabido da diocese de Campanha foi instituído pelo primeiro bispo, D. João de Almeida Ferrão em 7 de março de 1911.  O atual cabido teve seu estatuto atualizado em 17 de agosto de 1916
































Memorial Servo de Deus D. Othon Motta
Após a diplomação dos cônegos, Pe. Bruno César Dias Graciano, promotor da Comissão de Postulação da Causa de Beatificação do Servo de Deus Dom Othon Motta, comunicou a assembleia sobre a abertura do Memorial do Servo de Deus, que estará aberto ao público de segunda a sexta-feira das 14h às 17h; aos sábados das 9h30min às 11h e das 15h às 17h; e aos domingos das 9h30min às 11h30min. O memorial está localizado na casa onde D. Ohton viveu os últimos 8 anos de vida, a Casa Bom Pastor, anexa à residência episcopal S. José. Foram reconstituídos: o quarto, o escritório e a sala de estar, como era na época do servo de Deus. Nos demais cômodos estarão expostos objetos ligados ao Servo de Deus: fotografias, paramentos litúrgicos, etc. A Comissão de postulação da causa de beatificação do Servo de Deus Dom Othon Motta é composta pelo Pe. Marco Antônio Iabrudi Filho, pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Aiuruoca; Pe. Bruno César Dias Graciano, pároco da paróquia São Lourenço; Francisco Custódio Neto, notário; e Leonardo Gonçalves Lima, notário-adjunto. Para custear as despesas da comissão foi aberta conta bancária para arrecadação de fundos na Caixa Econômica Federal, ag. 102, conta poupança nº. 2735-5




A celebração noturna na Paróquia Santo Antônio
Às 18h30min, a comunidade paroquial reuniu-se no oratório do Seminário Diocesano Nossa Senhora das Dores, para saída da procissão com destino à igreja das Dores, igreja barroca mais antiga da sé episcopal (datada de 1799). A celebração foi presidida pelo pároco, con. Luzair Coelho de Abreu, que lembrou  aos presentes que, “celebrar a Senhora das Dores é tomar consciência que pertencer a Cristo e estar associado a Cristo na hora da salvação, até mesmo no momento mais extremo da vida, que é o momento de dor, de morte, de grande sofrimento. [...] É perceber que o testemunho dado por Jesus de obediência, é um testemunho que cabe a cada cristão, como Maria, fazendo em tudo a vontade do Pai.” A celebração foi animada pelo Coral Catedral, sempre presente nas solenidades paroquiais.















A devoção mariana à Nossa Senhora das Dores
A devoção às Dores de Maria, a princípio mais popular que litúrgica foi difundida particularmente pelos Servitas (Ordem dos Servos de Maria) e Passionistas (Congregação da Paixão de Jesus Cristo). Foi o papa Pio VII que introduziu na liturgia a celebração das Dores de Maria. O culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau, na então Germânia, hoje, Alemanha. A festa de Nossa Senhora das Dores como hoje a conhecemos, celebrada em 15 de setembro, teve início em Florença, na Itália, no ano de 1239 através da Ordem dos Servos de Maria.
As sete dores de Nossa Senhora
1. A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
2. A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
3. O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
4. O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
5. O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
6. Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
7. O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).

Padroeira de Minas Gerais             
O dia 15 de setembro também é dia de grande alegria para o povo de Minas Gerais. A padroeira do estado é Nossa Senhora da Piedade, decretada pelo papa S. João XXIII, através da Carta Apostólica Haeret animis de 20 de novembro de 1958. Nossa Senhora da Piedade é um dos títulos de Maria ligados ao Calvário. Este título está relacionado à sexta dor de Maria: Maria recebe seu Filho nos braços. É muito comum a diversidade de títulos marianos ligados ao mesmo mistério como por exemplo: N. Sra. da Luz, das Candeias, da Candelária. N. Sra. das Dores é também lembrada pelos títulos de N. Sra. da Piedade, N. Sra. da Soledade, N. Sra. das Angústias, N. Sra. da Agonia, N. Sra. das Lágrimas, N.  Sra. das Sete Dores, Nossa Sra. do Calvário, N. Sra. do Monte Calvário, Mãe Soberana e N. Sra. do Pranto, invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens ou Mater Dolorosa (sendo, sob essa designação, particularmente cultuada em Portugal).

Imagem de N. Sra. da Piedade do Santuário de Caeté/MG
Escultura atribuída a Aleijadinho

Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade - Caeté/MG

Você pode acompanhar a reportagem fotográfica completa na fan page da Paróquia Santo Antônio no Facebook: www.facebook.com/paroquiasantoantonio.campanhamg

O portal G1 fez uma reportagem sobre o processo de beatificação de D. Othon Motta. Você pode conferir no link: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2016/09/memorial-para-dom-othon-motta-e-inaugurado-em-campanha-mg.html 


Reportagem: Flávio Maia - PASCOM/Campanha





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