15 de setembro: Nossa Senhora das
Dores
D. Pedro Cunha Cruz preside
missa solene na Catedral Santo Antônio em honra da padroeira do Seminário
Filosófico, faz a diplomação dos novos cônegos do cabido e abre ao público o
memorial do servo de Deus D. Othon Motta
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Imagem de N. Sra. das Dores, padroeira do Seminário Diocesano |
O
dia 15 de setembro é uma data de grande importância para o Seminário Diocesano
de Filosofia Nossa Senhora das Dores, que celebra solenemente sua padroeira.
Diferente do que acontece anualmente, a celebração não foi realizada no
oratório da instituição e sim na Catedral. Na celebração da manhã desta
quinta-feira, além da celebração solene da padroeira do seminário, nosso bispo
D. Pedro Cunha Cruz restituiu o cabido catedralício diocesano. Também foi
lembrada na celebração os 57 anos da chegada do servo de Deus Dom Othon Motta,
terceiro bispo diocesano, que está com processo de beatificação aberto, em fase
diocesana.
Padroeira do Seminário
Durante
9 dias, o Seminário Filosófico Nossa Senhora das Dores realizou novena preparatória,
de 6 a 14 de setembro, para a celebração de hoje. De acordo com o reitor da
instituição, Pe. Carlos Henrique Machado de Paiva, o tema da novena foi “Com a
Mãe das Dores, vivamos a misericórdia, busquemos a santidade”. Ainda conforme o
reitor, este ano a novena foi realizada sem interrupção, diferente do que
acontecia em anos anteriores, devido às atividades pastorais dos seminaristas. Presidiram
as celebrações, os padres que já foram reitores do seminário: Pe. Rogério
Ferreira, Pe. João Luís, Con. José Hugo, Pe. Roberto Donizetti, Pe. Bruno
César, Con. Luzair Coelho, Pe. Sérgio Roberto Monteiro. Dom Pedro presidiu a
missa de domingo último, dia 11, quando foi realizada a Festa das Famílias,
evento já tradicional no seminário. É a ocasião em que o seminário recebe os
familiares dos rapazes que estão se preparando para o sacerdócio; é um momento
de confraternização entre os seminaristas e seus familiares.
A celebração
A
celebração matinal desta quinta-feira foi presidida pelo bispo diocesano D.
Pedro Cunha Cruz. Antes de iniciar a celebração, o bispo, acompanhado dos
padres do cabido, abençoou e aspergiu os fieis presentes na Catedral Santo
Antônio. Logo em seguida, dirigiram-se à capela do Santíssimo para oração pessoal.
Diversos
padres da diocese, cerca de 30, de diferentes foranias, se fizeram presentes,
concelebrando a missa. Os seminaristas do curso filosófico ficaram responsáveis
pela liturgia, servindo o altar e proclamando as leituras. Os seminaristas do
propedêutico se encarregaram da animação musical.
Em
sua homilia, D. Pedro, iniciou refletindo com os fiéis a didática que o
calendário litúrgico propõe: a festa da
Exaltação da Santa Cruz, dia 14 de setembro, precedendo N. Sra. das Dores, dia
15. “O sacrifício perfeito que nós
celebramos ontem, no alto da cruz, o aspecto mais elevado do próprio Cristo em
sua vida, pois ali nós conseguimos colher, interpretar e entender toda
envergadura do amor de Deus por nós. E deciframos, no drama da cruz, o
significado do sofrimento e da própria morte, que até então não tinha uma
resposta humana. Tinha a resposta no plano de Deus, e ele nos dá de forma
testemunhal esse gesto de seu filho na cruz por nós. [...] Maria está hoje, nos
ajudando a olhar, de maneira muito especial e carinhosa essa mesma cruz de seu
filho. Celebrar essa memória, significa sinalizar uma parte de tudo o que Maria
é para nós e para a Igreja.“
Ainda
sobre a festa da Exaltação da Santa Cruz, d. Pedro fez uma recordação
histórica, lembrando o imperador romano Constantino, que tinha “consciência de
que o Cristianismo entrou em sua vida e transformou sua existência. A cada
batalha que vencia, levantava o estandarte da Santa Cruz. [...] Ele reconheceu
que a vitória vinha pelo sinal maior de todas as vitórias, que é a cruz. Por
isso nós cantamos ontem: Vitória, tu reinarás, ó cruz, tu nos salvarás!”
“Esse
ano, que também chamado de Ano da Compaixão, tema este que está na leitura de
Hebreus que foi proclamada, narra uma dimensão do significado teológico do
sacrifício. O próprio Deus escolhe, elege, para colocar a frente de seu povo
oferecendo este sacrifício pelos seus pecados e pelos pecados da humanidade.
Nós temos aqui o sacerdote por excelência que é o sumo e eterno sacerdote:
Jesus Cristo.“

Também
recordou aos fiéis a íntima ligação que a memória de hoje tem com a Semana
Santa, sobretudo o Tríduo Pascal. “Não podemos pensar, portanto, a celebração
da Paixão, na sexta-feira, sem olhar também, para a Senhora da Paixão, Maria
Santíssima. Só ela pode entender e ajudar-nos a entender, nas suas diversas
dores, a expressão do velho Simeão: “Sua alma será transpassada pela dor” para
mostrar que a humanidade inteira de Jesus, abraça nossa humanidade, da alegria
do nascimento até a dor da morte”
E
citando o papa Francisco: “Maria é a mãe das dores e a mãe da misericórdia. Por
isso, ao fechar a bula da misericórdia, o santo padre não poderia deixar de
colocar essa cena que expressa a reciprocidade da compaixão. O olhar de
compaixão de Maria por seu filho, como que solicitando o perdão por tudo que
nós fizemos contra ele e contra Deus, pregando-o no lenho da cruz. E o olhar de
compaixão de Jesus pela humanidade inteira neste diálogo com o apóstolo e sua
mãe. Por isso o papa sublinha que ela é a Mãe das Dores e a Mãe da
Misericórdia. E ninguém como Maria conheceu a profundidade do mistério de Deus
feito homem e feito cruz. [...] Maria atesta que a misericórdia do filho de
Deus não conhece limites, alcança a todos, sem excluir ninguém. Essa é uma das
frases mais bonitas que encontramos na bula da misericórdia. Ninguém está
excluído pelo alcance universal salvífico desse gesto de Jesus, celebrado e
contemplado por nós nesse olhar conjunto da Igreja, que somos nós, com a Mãe do
Salvado Jesus Cristo.”

E
encerrando, o bispo conclamou os fiéis: “[...] que Maria nos ajude a olhar, com
o olhar dela a cruz de seu Filho, mas que nos ajude portanto a carregar esta
cruz sem a qual nós poderíamos ser testemunhas do seu Filho Jesus íamos ser
testemunhas do seu Filho Jesus.”
O cabido de cônegos


Memorial Servo de Deus D.
Othon Motta

A celebração noturna na
Paróquia Santo Antônio

A devoção mariana à Nossa
Senhora das Dores
A devoção às Dores de Maria, a princípio
mais popular que litúrgica foi difundida particularmente pelos Servitas (Ordem
dos Servos de Maria) e Passionistas (Congregação da Paixão de Jesus Cristo).
Foi o papa Pio VII que introduziu na liturgia a celebração das Dores de Maria. O
culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro de Schönau,
na então Germânia, hoje, Alemanha. A festa de Nossa Senhora das Dores como hoje
a conhecemos, celebrada em 15 de setembro, teve início em Florença, na Itália,
no ano de 1239 através da Ordem dos Servos de Maria.
As
sete dores de Nossa Senhora
1.
A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
2.
A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
3.
O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
4.
O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
5.
O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
6.
Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
7.
O sepultamento do corpo do filho no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).
Padroeira de Minas Gerais
O dia 15 de setembro também é dia de
grande alegria para o povo de Minas Gerais. A padroeira do estado é Nossa
Senhora da Piedade, decretada pelo papa S. João XXIII, através da Carta
Apostólica Haeret animis de 20 de
novembro de 1958. Nossa Senhora da Piedade é um dos títulos de Maria ligados ao
Calvário. Este título está relacionado à sexta dor de Maria: Maria recebe seu
Filho nos braços. É muito comum a diversidade de títulos marianos ligados ao
mesmo mistério como por exemplo: N. Sra. da Luz, das Candeias, da Candelária. N.
Sra. das Dores é também lembrada pelos títulos de N. Sra. da Piedade, N. Sra.
da Soledade, N. Sra. das Angústias, N. Sra. da Agonia, N. Sra. das Lágrimas, N.
Sra. das Sete Dores, Nossa Sra. do
Calvário, N. Sra. do Monte Calvário, Mãe Soberana e N. Sra. do Pranto, invocada
em latim como Beata Maria Virgo Perdolens
ou Mater Dolorosa (sendo, sob essa
designação, particularmente cultuada em Portugal).
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Imagem de N. Sra. da Piedade do Santuário de Caeté/MG Escultura atribuída a Aleijadinho |
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Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade - Caeté/MG |
Você pode acompanhar a reportagem fotográfica completa na fan page da Paróquia Santo Antônio no Facebook: www.facebook.com/paroquiasantoantonio.campanhamg
O portal G1 fez uma reportagem sobre o processo de beatificação de D. Othon Motta. Você pode conferir no link: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2016/09/memorial-para-dom-othon-motta-e-inaugurado-em-campanha-mg.html
Reportagem: Flávio Maia - PASCOM/Campanha
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