Na manhã deste domingo, dia 5 de
abril, teve início a Semana Santa 2020 na paróquia Santo Antônio, sé episcopal
de Campanha. Uma Semana Santa muito diferente para todos os cristãos católicos
que, em tempos de pandemia, estão impossibilitados do encontro comunitário. A
celebração matutina, em Campanha, foi presidida pelo bispo diocesano, D. Pedro
Cunha Cruz; e concelebrada pelo pároco, cônego Bruno César Dias Graciano,
chanceler do bispado e pelo vigário, pe. Wendel de Oliveira Rezende, reitor do
Seminário Propedêutico São Pio X.
Para a realização da celebração,
as medidas de segurança sanitária foram tomadas. A celebração foi sem a
presença ‘física’ dos fiéis. O número de ministros que auxiliam foi reduzido. A
disposição dos assentos tanto dos acólitos quanto dos leitores foi alterada. A
distribuição de comunhão foi feita apenas na mão. Além daqueles que ajudavam para a realização da celebração, apenas
dois membros da PASCOM estavam presentes para a transmissão e registro
fotográfico da missa. Enfim, as medidas sugeridas pelas autoridades de saúde e
eclesiais estão sendo seguidas.
O domingo de Ramos marca o início
da etapa final da caminhada da Quaresma. A entrada de Jesus em Jerusalém, a
partir do Monte das Oliveiras, e a reta final de sua caminhada, desde que
deixou a Galileia. É também o início do desfecho de sua missão. Jesus entra em
Jerusalém montado em um jumentinho, á semelhança de um rei entrando solenemente
em sua capital. Ele sabia que aquela cidade seria o lugar de sua paixão. Por isso, deixa bem evidente que o
caminho do sofrimento não será o fracasso do Reino , mas uma forma paradoxal de
sua entronização.
E, atendendo à solicitação que
foi realizada pela equipe presbiteral da paróquia, os fieis ornaram suas
residências com ramos, fitas vermelhas e cruzes.
Missa episcopal
Na celebração matutina D. Pedro concedeu
a bênção de Ramos para aqueles que estavam acompanhando a transmissão da celebração
pelas mídias e fez menção à motivação feita aos fieis para enfeitarem as casa
com ramos, num gesto de externizar a fé e se unir em oração com os demais
cristãos. Conforme instrução, não houve procissão de ramos e não foi realizada
a proclamação do evangelho.
A homilia episcopal você pode
acompanhar acessando:
A missa noturna
Tradicionalmente, no fim da tarde
é realizada a procissão do Triunfo do Senhor, que, como os demais eventos
públicos da Semana Santa foi cancelado. Foi celebrada missa noturna, transmitida
pelo Facebook, presidida pelo pároco, côn. Bruno César Dias Graciano. Na
celebração noturna, não foi realizada a Bênção dos Ramos. Foi utilizado a segunda
opção litúrgica prevista no missal.
Você pode acompanhar a íntegra da
homilia logo abaixo.
Fake News
Nos tempos em quem estamos
vivendo, as fake News, termo em inglês para notícias falsas, tem
aparecido muito. Antigamente eram chamadas de fofocas ou boatos. Neste Domingo de
Ramos, a paróquia Santo Antônio foi vítima de uma fake News. Foi postado
no Facebook que os padres da paróquia iriam percorrer as ruas de Campanha, aspergindo
as casas e abençoando os ramos. Essa prática ocorreu em várias paróquias. Cônego
Bruno César e várias liderança da paróquia foram questionadas sobre o horário
do evento. Mas em momento algum a PASCOM
divulgou que isso iria ocorrer em Campanha. Foi uma fake News ‘do bem’.
É importante que o fiel se informe nos nossos canais oficiais de informação:
temos a nossa página no Facebook (www.facebook.com/paroquiasantoantonio.campanhamg)
e o grupo do WhatsApp (o convite para entrar no grupo é disponibilizado em
todas as transmissões).
No início do Tríduo Pascal, a
celebração do Sacramento do Amor
A
celebração da Ceia do Senhor, na noite de quinta-feira feita, marca o fim da
Quaresma e o início do Tríduo Pascal, que é o coração do ano litúrgico. Não
podemos esquecer que o costume judaico-cristão considera o início do dia desde
a sua véspera; por este motivo, a Sexta-Feira Santa começa no final da
Quinta-Feira Santa. Na Missa da Ceia do Senhor, Ele antecipa sua paixão; por
isso, na missa, se faz o memorial da morte e ressurreição de Jesus. “O Tríduo
Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a missa vespertina da Ceia
do Senhor, tem seu centro na Vigília Pascal e termina com as Vésperas do
domingo da Ressurreição” (carta apostólica Mysterii Paschalis, 19).
O
Tríduo Pascal deve ser visto como uma única celebração, ou melhor, três faces
do mistério da paixão e ressurreição de Jesus. A celebração que iniciou na
quinta, findará na Vigília Pascal, por isso não há bênção nas celebrações da Ceia
e da Morte do Senhor.
Na
Paróquia Santo Antônio, sé episcopal de Campanha, a celebração da Ceia do
Senhor foi presidida por Dom Pedro Cunha Cruz; concelebrou o pároco, Pe. Luzair
Coelho de Abreu. Também estiveram presentes todos os Ministros da Sagrada
Comunhão e a Irmandade do Santíssimo Sacramento da paróquia. Cantou a
celebração o Coral Campanhense.
A Ceia do Senhor
Na
Ceia Eucarística não fazemos apenas a memória de um “momento” que ainda que o
mais importante – da vida de Jesus, qual seja a entrega na cruz, corpo e sangue
dados para a salvação do mundo. Ao pedir “fazei isto em memória de mim (e não apenas “desde momento”),
Jesus nos põe em comunhão com a sua pessoa, com tudo o que ele significa para
nós: o amor com que o Pai nos ama. O ato de lavar os pés dos discípulos –
extremamente falante e simbólico – acontece exatamente dentro da Ceia Pascal de
Jesus. Assim ele une definitivamente a Ceia e o serviço, o amor e a entrega de
si. De fato, Jesus define sua missão assim: “o Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos) (Mt 20, 28).
Toda a vida de Jesus é um serviço de resgate: ele resgataa dignidade de cada ser humano, devolve-nos a
liberdade de filos e filhas de um Deus que é Pai e nos quer bem.
A
Páscoa judaica celebrada anualmente quer levar o fiel exatamente a esta
experiência da libertação que Deus realiza a cada dia, e da qual a libertação
dos hebreus do Egito é o paradigma incontestável (I Leitura). Jesus celebra a
Ceia Pascal com os seus irmãos, atualizando em sua vida que será entregue todo
o significado de libertação e resgate do Êxodo, cujo ponto de partida é a ação
de Deus que “desce” para libertar o povo. Também jesus “desce”, se abaixa até
os pés dos discípulos, se veste como os servos (se faz servo) para libertar-nos
de toda servidão. Temos a descrição da instituição da Eucaristia na segunda
leitura, na carta que Paulo escreve aos Coríntios. Ali ressoa a voz de jesus: “Isto
é o meu corpo entregue por vós; fazei isto em memória de mim”
Homilia
O
pregador da noite, a pedido de Dom Pedro, foi pe. Luzair Coelho de Abreu, pároco
de Campanha e chanceler do bispado. Você pode conferir a homilia completa de pe.
Luzair logo abaixo ou acessando o link: https://www.youtube.com/watch?v=KnH5vRA_S7U
O rito do Lava-Pés
Após
a homilia, Dom Pedro, seguindo o rito prescrito e imitando o gesto de Jesus,
lava os pés de 12 membros da comunidade. Inspirada pelo tema da Campanha da
Fraternidade deste ano, “Fraternidade e Políticas Públicas”, a paróquia convidou
12 membros da comunidade que atuam na promoção de diversas ações na comunidade
campanhense.
Transladação do Santíssimo
Após
a comunhão, é feita a transladação das partículas que foram consagradas para a
Capela do Santíssimo. O Santíssimo fica exposto para adoração dos fieis até
meia noite. Na missa da Ceia do Senhor são consagradas as partículas que serão distribuídas
na celebração de sexta-feira, pois neste dia não se realiza sacramentos na
Igreja.
A
procissão se forma no corredor central da Catedral com Ministros da Palavra,
Ministros da Comunhão, a Irmandade do Santíssimo Sacramento, coroinhas e acólitos.
O Santíssimo não vai exposto em um ostensório como é habitual; ele é
transladado em uma âmbula. Também não se usam as sinetas; o som que se houve
são de matracas: Jesus já está no horto, por isso as matracas – som de
silêncio.
Para
este momento, o Coral Campanhense entoa o Pange Lingua, tradicional hino da
Igreja Católica composto por São Tomás de Aquino no século XIII. Inicialmente o
canto foi composto para a solenidade de Corpus Christi, mas, com o tempo,
passou também a ser entoado nas missas de Quinta-feira Santa. Para executar este
hino o coral campanhense se posiciona no coro da Capela do Santíssimo – o local
é utilizado anualmente apenas nesta celebração.
Pange lingua gloriosi
corporis mysterium
sanguinisque pretiosi
quem in mundi pretium
Fructus ventris
generosi rex effudit gentium.
Nobis datus nobis
natus ex intacta virgine
Tantum ergo
Sacramentum veneremur cernui:
et antiquum documentum
novo cedat ritui:
Praestet fides
supplementum sensuum defectui.
Genitori, Genitoque
laus et iubilatio,
Salus, honor, virtus
quoque sit et benedictio;
Procedenti ab utroque
compar sit laudatio.
Cante, ó língua minha, este mistério do
glorioso corpo
Cujo precioso sangue que, para redimir o
mundo,
Do generoso fruto do ventre, o rei das
nações deixou fluir.
Dado a nós, nascido por nós, de uma virgem
imaculada.
Deixe-nos venerar, prostrando-nos, este
grande sacramento
E as antigas leis dão lugar a um novo rito.
A fé serve para complementar aos defeitos
dos sentidos.
Ao Pai e ao Filho, louvores e jubilações.
Saudações, glória e honra a Eles e a
bênção;
E louvor àquele que vêm dos dois.
Desnudação do altar
A
celebração da Ceia do Senhor se encerra com a desnudação do altar. É um momento
que muitas vezes não é percebido pelos fieis, pois o presidente e a equipe da
celebração já se retiraram da sacristia. A desnudação do altar é uma
manifestação exterior do silencio e do despojamento que a Igreja assume até a
Vigília Pascal. O atar fica sem toalha, sem ornamentos; os santos são retirados
ou cobertos novamente. .
Reportagem fotográfica
completa na fan page da paróquia
Não
deixe de acompanhar as transmissões ao vivo pela fan page da paróquia e pelo
nosso canal do Youtube: PASCOM Paróquia Santo Antônio. Todas as transmissões ao
vivo realizadas em nossas mídias digitais tem o apoio de Brasil Like Telecom.