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segunda-feira, 22 de abril de 2019

Quinta-feira Santa 2019 - Missa da Ceia do Senhor



Quinta-feira Santa: Missa da Ceia do Senhor
No início do Tríduo Pascal, a celebração do Sacramento do Amor



A celebração da Ceia do Senhor, na noite de quinta-feira feita, marca o fim da Quaresma e o início do Tríduo Pascal, que é o coração do ano litúrgico. Não podemos esquecer que o costume judaico-cristão considera o início do dia desde a sua véspera; por este motivo, a Sexta-Feira Santa começa no final da Quinta-Feira Santa. Na Missa da Ceia do Senhor, Ele antecipa sua paixão; por isso, na missa, se faz o memorial da morte e ressurreição de Jesus. “O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a missa vespertina da Ceia do Senhor, tem seu centro na Vigília Pascal e termina com as Vésperas do domingo da Ressurreição” (carta apostólica Mysterii Paschalis, 19).

O Tríduo Pascal deve ser visto como uma única celebração, ou melhor, três faces do mistério da paixão e ressurreição de Jesus. A celebração que iniciou na quinta, findará na Vigília Pascal, por isso não há bênção nas celebrações da Ceia e da Morte do Senhor.







Na Paróquia Santo Antônio, sé episcopal de Campanha, a celebração da Ceia do Senhor foi presidida por Dom Pedro Cunha Cruz; concelebrou o pároco, Pe. Luzair Coelho de Abreu. Também estiveram presentes todos os Ministros da Sagrada Comunhão e a Irmandade do Santíssimo Sacramento da paróquia. Cantou a celebração o Coral Campanhense.

A Ceia do Senhor
Na Ceia Eucarística não fazemos apenas a memória de um “momento” que ainda que o mais importante – da vida de Jesus, qual seja a entrega na cruz, corpo e sangue dados para a salvação do mundo. Ao pedir “fazei isto em memória de mim (e não apenas “desde momento”), Jesus nos põe em comunhão com a sua pessoa, com tudo o que ele significa para nós: o amor com que o Pai nos ama. O ato de lavar os pés dos discípulos – extremamente falante e simbólico – acontece exatamente dentro da Ceia Pascal de Jesus. Assim ele une definitivamente a Ceia e o serviço, o amor e a entrega de si. De fato, Jesus define sua missão assim: “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos) (Mt 20, 28). Toda a vida de Jesus é um serviço de resgate: ele resgata  a dignidade de cada ser humano, devolve-nos a liberdade de filos e filhas de um Deus que é Pai e nos quer bem.





A Páscoa judaica celebrada anualmente quer levar o fiel exatamente a esta experiência da libertação que Deus realiza a cada dia, e da qual a libertação dos hebreus do Egito é o paradigma incontestável (I Leitura). Jesus celebra a Ceia Pascal com os seus irmãos, atualizando em sua vida que será entregue todo o significado de libertação e resgate do Êxodo, cujo ponto de partida é a ação de Deus que “desce” para libertar o povo. Também jesus “desce”, se abaixa até os pés dos discípulos, se veste como os servos (se faz servo) para libertar-nos de toda servidão. Temos a descrição da instituição da Eucaristia na segunda leitura, na carta que Paulo escreve aos Coríntios. Ali ressoa a voz de jesus: “Isto é o meu corpo entregue por vós; fazei isto em memória de mim”





Homilia

O pregador da noite, a pedido de Dom Pedro, foi pe. Luzair Coelho de Abreu, pároco de Campanha e chanceler do bispado. Você pode conferir a homilia completa de pe. Luzair logo abaixo ou acessando o link: https://www.youtube.com/watch?v=KnH5vRA_S7U



O rito do Lava-Pés
Após a homilia, Dom Pedro, seguindo o rito prescrito e imitando o gesto de Jesus, lava os pés de 12 membros da comunidade. Inspirada pelo tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Fraternidade e Políticas Públicas”, a paróquia convidou 12 membros da comunidade que atuam na promoção de diversas ações na comunidade campanhense.















Transladação do Santíssimo

Após a comunhão, é feita a transladação das partículas que foram consagradas para a Capela do Santíssimo. O Santíssimo fica exposto para adoração dos fieis até meia noite. Na missa da Ceia do Senhor são consagradas as partículas que serão distribuídas na celebração de sexta-feira, pois neste dia não se realiza sacramentos na Igreja.






A procissão se forma no corredor central da Catedral com Ministros da Palavra, Ministros da Comunhão, a Irmandade do Santíssimo Sacramento, coroinhas e acólitos. O Santíssimo não vai exposto em um ostensório como é habitual; ele é transladado em uma âmbula. Também não se usam as sinetas; o som que se houve são de matracas: Jesus já está no horto, por isso as matracas – som de silêncio.


Para este momento, o Coral Campanhense entoa o Pange Lingua, tradicional hino da Igreja Católica composto por São Tomás de Aquino no século XIII. Inicialmente o canto foi composto para a solenidade de Corpus Christi, mas, com o tempo, passou também a ser entoado nas missas de Quinta-feira Santa. Para executar este hino o coral campanhense se posiciona no coro da Capela do Santíssimo – o local é utilizado anualmente apenas nesta celebração.

Pange lingua gloriosi corporis mysterium
sanguinisque pretiosi quem in mundi pretium
Fructus ventris generosi rex effudit gentium.
Nobis datus nobis natus ex intacta virgine
Tantum ergo Sacramentum veneremur cernui:
et antiquum documentum novo cedat ritui:
Praestet fides supplementum sensuum defectui.
Genitori, Genitoque laus et iubilatio,
Salus, honor, virtus quoque sit et benedictio;
Procedenti ab utroque compar sit laudatio.



Cante, ó língua minha, este mistério do glorioso corpo
Cujo precioso sangue que, para redimir o mundo,
Do generoso fruto do ventre, o rei das nações deixou fluir.
Dado a nós, nascido por nós, de uma virgem imaculada.
Deixe-nos venerar, prostrando-nos, este grande sacramento
E as antigas leis dão lugar a um novo rito.
A fé serve para complementar aos defeitos dos sentidos.
Ao Pai e ao Filho, louvores e jubilações.
Saudações, glória e honra a Eles e a bênção;
E louvor àquele que vêm dos dois.


Desnudação do altar
A celebração da Ceia do Senhor se encerra com a desnudação do altar. É um momento que muitas vezes não é percebido pelos fieis, pois o presidente e a equipe da celebração já se retiraram da sacristia. A desnudação do altar é uma manifestação exterior do silencio e do despojamento que a Igreja assume até a Vigília Pascal. O atar fica sem toalha, sem ornamentos; os santos são retirados ou cobertos novamente. .


Reportagem fotográfica completa na fan page da paróquia

Não deixe de acompanhar as transmissões ao vivo pela fan page da paróquia e pelo nosso canal do Youtube: PASCOM Paróquia Santo Antônio. Todas as transmissões ao vivo realizadas em nossas mídias digitais tem o apoio de Brasil Like Telecom.





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