“Quer saber o teu valor? Olhe para a cruz,
você vale um Deus crucificado!” (Santo Agostinho)
Dom Pedro Cunha Cruz
abre solenemente a Semana Santa com a Missa de Ramos e da Paixão do Senhor em Campanha.
Iniciamos,
hoje, a semana santa, recordando a entrada de Cristo em Jerusalém para celebrar
a sua páscoa. Como o povo da antiga aliança que durante a festa das tendas
levava ramos nas mãos, significando a esperança messiânica, renovamos a adesão
ao Cristo, Senhor da história.
Na
paróquia Santo Antônio, sé diocesana de Campanha, D. Pedro Cunha Cruz, presidiu
solene missa pontifical na manhã deste domingo, 14 de abril, fazendo a abertura
solene da Semana Santa. Concelebrou, o pároco, pe. Luzair Coelho de Abreu. Como
prescreve o ritual, a celebração iniciou-se na Igreja Nossa Senhora das Dores,
com a bênção de Ramos e logo em seguida, deu-se início a procissão com destino
à Catedral. Nem a chuva, que não deu trégua durante todo domingo, afastou os
fiéis da piedosa participação. A parte musical da celebração ficou a cargo do
Coral Campanhense, na Igreja N. Sra. das Dores; Fanfarra Irmão Paulo, que
animou a Procissão; e o Coral Catedral cantou a segunda parte da missa.
Domingo de Ramos – os dois
momentos
O
Domingo de Ramos marca o início da etapa final da caminhada da Quaresma. A
entrada de jesus em Jerusalém, a partir do Monte das Oliveira, é a reta final
de sua caminhada, desde que deixou a Galileia. É também o início do grande
desfecho de sua missão. Como todo desfecho, a expectativa é grande: o que vai
acontecer? Será que vai conseguir realizar seu sonho? Será que agora o reinado
de Deus vai se concretizar? ...
Em
Jerusalém, Jesus terá a sua grande decisão. Tudo fica intenso, tudo ganha
importância a cada detalhe, cada segundo que passa se torna extremamente
precioso. Apesar disso, os evangelhos nos apresentam um Jesus tranquilo, senhor
de si, consciente de sua opção. O povo o aclama como rei, com honras
messiânicas, com direito a cortejo de ramos e vestes formando um tapete para ele
passar. Jesus assume a postura de rei humilde e manso anunciado pelos profetas,
solidário ao povo simples, cuja montaria é o jumentinho, símbolo da submissão,
do trabalho árduo e da pobreza. Ele não vem montado num cavalo, símbolo de
nobreza, de senhorio, de autoridade e de força. Aceita o reconhecimento pela
sua dignidade, pois não quer frustrar a expectativa do povo que esperava
ansioso pelo seu messias, aquele que viria em onome do Senhor para libertar o
povo da opressão e da miséria.
O
relato da entrada de Jesus em Jerusalém e a bênção de Ramos é o primeiro
momento da celebração de Domingo de Ramos – também chamado de Domingo de Ramos
e da Paixão do Senhor. Esse primeiro momento é realizado em outra igreja ou
local adequado, conforme preconiza o missal.
Os
relatos da paixão são preciosos testemunhos que as comunidades cristãs
primitivas transmitiram à futuras gerações. Eles constituem uma espécie de
cerne do evangelho. Há quem diga que os evangelhos são relatos da paixão e
morte de Jesus com uma longa introdução. Os relatos da paixão fazem parte do
primeiro anúncio pascal e foram uma das primeiras partes das Escrituras a serem
transmitidas e escritas. Ali as comunidades apostólicas procuravam responder a
perguntas centrais que lhes eram apresentadas: se Jesus era bendito de Deus,
por que teve de passar pela cruz, escândalo e maldição? Por que a morte do justo
inocente e do profeta de Deus? Assim, não se constituem em simples relatos dos
fatos dos últimos momentos de Jesus, mas, sobretudo, um anúncio da salvação
contida neles. Lucas, o evangelhista lido neste ano, conta estes fatos como um
discípulo que revive com ternura a história de seu mestre, colocando acento na
grande humanidade, na não-violência, na generosidade e no espírito de perdão
que conduziu Jesus neste momento.
A Homilia
Como é de praxe no
domingo de Ramos, são feitas duas homilias na celebração. Na primeira,
realizada na igreja das Dores, Dom Pedro destacou a importância da Semana Santa
para os cristãos e como deve ser a participação do povo na procissão de Ramos.
Confira
a íntegra da primeira homilia episcopal: “Queridos irmãos e irmãs em cristo
percorremos esse itinerário de Jesus, no curso dessa Quaresma, como referência
a ele mesmo entrando no deserto, nos ensinando, portanto, a vencer as ciladas
do inimigo. Saiu fortalecido daqueles 40 dias, para a sua missão de instaurar e
proclamar o Reino de Deus. Assim também nós chegamos hoje, a esta grande
semana, a Semana Santa, tão esperada por todos nós. Ao fazermos memória
litúrgica desses momentos derradeiros da vida de Jesus, nós também queremos
mostrar nossa comunhão com ele. Ele que nasce na Galileia, vai ser julgado em
Jerusalém e experimentar a sua paixão e morte. Por isso, hoje é chamado de
Domingo de Ramos e da Paixão. Vamos entender o que significa essa paixão e
morte de cruz, não somente na celebração do dia de hoje, mas também na próxima
Sexta-feira da Paixão do Senhor. Nós
estamos aqui não só para erguermos os ramos e depois condenarmos Jesus, mas
para erguermos esses ramos como sinais de sua vitória: sua paixão é já a
vitória Dele e nossa! Por isso todos nós participaremos, já participamos aqui
na terra desse momento glorioso de Jesus. E participaremos ainda de maneira
definitiva! Por isso nós vamos repetir
esse gesto, não como o povo da antiga aliança, mas como o povo da nova aliança
selada no sangue do cordeiro. Que possamos então perceber que já participamos
da vitória de Cristo! E erguemos o nosso ramo: o ramo da vida, o ramo da
vitória, o ramo da salvação. Que assim também nós vamos entrar com Jesus: ele
entra para celebrar sua Páscoa, mesmo sendo condenado e elevado no alto da
cruz. Que possamos repetir esse gesto de caminhar como povo de Deus, o novo
povo, o povo da Nova Aliança que somos! E que possamos, então, proclamar essa
mensagem da salvação, e experimentar vivenciar, experimentar os frutos dessa
páscoa que Cristo Jesus trás para cada um de nós.”
No Domingo de
Ramos é realizada a Coleta da Fraternidade, o gesto concreto do jejum
quaresmal. Após a celebração D. Pedro Cunha Cruz conversou com a equipe da
PASCOM de Campanha sobre Campanha da Fraternidade e a destinação dos recursos
que foram ofertados hoje pelos fiéis. Você confere, acessando o vídeo abaixo ou
no link
A celebração vespertina
Tradicionalmente
em Campanha, durante a celebração vespertina do Domingo de Ramos, é realizada a
Procissão do Triunfo do Senhor. Se pela manhã, a chuva estava branda e não
atrapalhou a participação dos fiéis, o mesmo não pôde ser aplicado para a
tarde. A Procissão do Triunfo foi cancelada e a bênção e missa de ramos foi
celebrada na Catedral Santo Antônio, presidida pelo pároco, Pe. Luzair.
A preparação para a Semana
Santa
É
um antigo costume da paróquia de Campanha, que também acontece em outras
comunidades, realizar a meditação das Dores de Maria na semana que antecede a
Semana Santa. Com início no dia 7 de abril, o Setenário em honra das Dores de
Maria, em Campanha realizada na igreja a ela dedicada, prepara o fiel para
vivenciar “uma prévia” daquilo que será experenciado na Semana Santa. O cristão
que participa integralmente do Setenário, tem a possibilidade de fazer um
‘retiro preparatório’ para a Semana maior.
Reportagem fotográfica
completa na fan page da paróquia
Não
deixe de acompanhar as transmissões ao vivo pela fan page da paróquia e pelo
nosso canal do Youtube: PASCOM Paróquia Santo Antônio. Todas as transmissões ao
vivo realizadas em nossas mídias digitais tem o apoio de Brasil Like Telecom.
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