Na noite do dia 31 de dezembro,
os fiéis da paróquia Santo Antônio, sé diocesana, estiveram reunidos na
catedral para dar graças pelo ano que findava. Celebrando as vésperas da
solenidade de Maria Mãe de Deus, os presentes participaram da celebração
bizantina do Akáthistos, celebraram a missa e, ao final foi entoado solenemente
o Te Deum e foi concedida a bênção do Santíssimo Sacramento. Todos os ofícios
litúrgicos foram presididos pelo magnífico reitor do Seminário Diocesano Nossa
Senhora das Dores e vigário paroquial, Pe. Edson Pereira de Oliveira.
O Akáthistos é uma celebração do
rito oriental da Igreja Católica. É um grande canto de Louvor à Maria. Nele são
relatados os principais fatos da vida de Maria, desde à Anunciação até a sua
elevação ao céu. A estrutura da celebração é formada por orações iniciais, o
canto, e orações finais. A parte cantada da celebração é dividida em 24 estâncias,
sendo as ímpares em forma de ladainha, alternando solo e coro e as pares,
composta apenas de Aleluia. Do ponto de vista da composição, o Akáthistos se
divide em duas partes: na primeira estão as estâncias de 1 a 12, que comentam a
primeira revelação histórica de Deus na
carne humana, com os efeitos salvíficos (tem inspiração em Lc 1-2; Mt 1-2); a
outra parte, estâncias 13 a 24, propõe a teologia da Igreja antiga, isto é, a
profissão dos dogmas de fé relacionados a Maria
Akáthistos, em grego, significa em grego, estar de pé. É uma
referência à maneira como todos devem participar dessa celebração. Na paróquia
de Campanha, a celebração também é feita em forma de lucernário, ou seja, uma
celebração à luz de velas, para ressaltar o caráter de oração e vigília
proposto para a ocasião. O Akáthistos
tem sua origem nos princípios do século V, pouco depois do concílio de
Calcedônia (451), para ser uma síntese orante de tudo o que a Igreja dos
primeiros séculos acreditou e exprimiu sobre Maria.
Apesar de sempre presente na igreja
latina, foi o papa São João Paulo II o grande divulgador deste canto entre os
católicos do ocidente. Durante as solenidades do grande jubileu do ano 2000, o
pontífice escolheu esta celebração para ser realizada no dia da Imaculada Conceição.
Desde então, quem participa da celebração do Akáthistos, atendendo as
condições, recebe indulgência plenária.
A missa
O ano civil começa todo dia
primeiro de janeiro. Já, para a Igreja Católica, o ano litúrgico, que é o ciclo
que se celebra do nascimento à morte de Jesus, inicia-se com o primeiro domingo
do advento (data móvel que pode ser no último domingo de novembro, ou primeiro
domingo de dezembro). Na oitava do natal, ou seja, após transcorridos oito dias
do nascimento de Jesus, a Igreja celebra Maria, sob o título de Mãe de Deus.


A solenidade celebrada no primeiro
dia do ano é muito antiga. Tem sua origem com a proclamação do dogma da
maternidade divina de Maria, pelo Concílio de Éfeso, em 431. Este título
exprime a missão de Maria na história da salvação, que está na base do culto e
da devoção do povo cristão, uma vez que Maria não recebeu o dom de Deus só para
si, mas para leva-lo ao mundo.


Após a comunhão Pe. Edson dirigiu-se à entrada da Catedral onde está o sarcófago com os restos mortais do Servo de Deus D. Othon. No local foram rezadas as orações do sexto dia da novena pela beatificação de nosso bispo diocesano. No dia 4 de janeiro é celebrado o aniversário de morte do servo de Deus.
No final da celebração, houve um
grande momento de Ação de Graças. Foi feita a exposição do Santíssimo
Sacramento com o canto do Te Deum (A
vós Senhor louvamos), seguida da bênção solene do Santíssimo Sacramento.
Pe. Edson explicou à assembleia
que, ao final do ano, quem entoar solenemente o Te Deum lucra indulgência plenária, atendida às condições: ter
confessado, rezar Ave Maria e Pai Nosso nas intenções do papa, rezar o creio e
comungar.
Animou a celebração e o
Akáthistos, o Coral Catedral, sempre presente nos momentos marcantes da
paróquia. O coral se esmerou, com ensaios prévios, para que os cantos fossem
bem executados para a maior glória de Deus. O conjunto esteve presente na
Catedral das 19h30min às 23h. O solo do Akáthistos ficou a cargo das salmistas
Jucimaura Arcanjo e Dulcy Andrade.
Homilia (framentos)

Eu não sei qual foi o maior espanto
dos pastores: se foi ver os anjos do céu cantando ‘Glória a Deus nas Alturas’
ou se foi ao chegar na manjedoura, encontrar tudo na mais profunda simplicidade
como os anjos haviam anunciado. Ao olharem aquela simples criança, uma criança
como todas as outras, enxergaram nela a grandeza de Deus. Portanto o que nós
estamos contemplando hoje é o Deus escondido: é um Deus que se faz carne; é o
Deus que se esconde sobre o véu da humildade.
O menino, a carne do menino que é
Deus, veio de Maria. Maria ofereceu a carne a Deus. Maria foi e é verdadeiramente
mãe do Cristo, o filho de Deus. E é por isso que nós, e toda a igreja desde os
primeiros séculos, podemos proclamar como nós rezamos na oração mais simples, talvez
seja a primeira oração que nós aprendemos quando crianças: Santa Maria mãe de
Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte.
A primeira leitura da missa conta
para nós como povo de Deus era abençoado. Lembra para nós que Deus pediu que
Moisés e Arão abençoassem assim: ‘O Senhor te abençoe e te guarde, Ele faça
bilhar sobre ti a sua face e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu
rosto e te dê a paz!’
A segunda leitura é muito bonita
porque ela fala: ‘Quando chegou o tempo previsto, Deus enviou o seu filho ao
mundo, nascido de uma mulher, Maria, nascido sujeito à lei, a lei humana e a
lei que o próprio Deus colocou para o seu filho’. Jesus cumpriu em tudo o
projeto de Deus Jesus; foi em tudo obediente e é por isso que nós somos
chamados a viver um ano na obediência de Cristo, no testemunho de Jesus, no
amor.
Dia mundial da paz

Para ele, a verdadeira celebração
da paz só estaria completa se envolvesse todos os homens, não importando a
religião. No documento que propõe a criação deste dia, Paulo VI, deseja que a
data tenha “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos
seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um
devir mais feliz, ordenado e civil”.
Anualmente, o papa divulga uma
mensagem para reflexão dos cristãos alusivo ao dia da Paz. Para este ano, o papa
Francisco divulgou a mensagem: “Migrantes e refugiados: homens e mulheres em
busca de paz”. Os interessados podem acessar a íntegra do texto no blog da
paróquia ou no site do Vaticano: www.vatican.va.
O Dia do Senhor
A celebração deste primeiro de
janeiro também foi marcada pelo início da publicação do semanário litúrgico, o folheto
que é distribuído nas missas, Dia do Senhor. Este folheto é um desejo antigo dos
padres e fieis da diocese de Campanha. E foi um dos encaminhamentos aprovados
pela última Assembleia Diocesana de Pastoral, ocorrida há dois anos. O ritual
da missa não pode ser alterado, mas um folheto litúrgico, produzido pela igreja
local, pode atualizar comentários, propor maior diversidade de cantos litúrgicos,
oração da assembleia que seja, de fato, preces dos fieis diocesanos. O Dia do
Senhor será adotado na maioria das paróquias da Diocese de Campanha (algumas
não adotam folheto ou produzem o próprio material) e a coordenação editorial é
da Equipe Diocesana de Animação Litúrgica, que disponibiliza a versão digitalizada
(pdf) no site www.liturgiadacampanha.com.
(já estão disponíveis os folhetos até o mês de março/2018)
Reportagem fotográfica completa na fan page do Facebook: https://www.facebook.com/paroquiasantoantonio.campanhamg
Foi uma noite maravilhosa. Iniciando com o já tradicional Akhatistos e culminando com a Santa Missa em louvor à Santa Maria Mãe de Deus.
ResponderExcluirHomilia celestial do nosso vigário Pe. Edson.
Ótima a cobertura e registro no blog.
Salve Maria!