menu superior

sábado, 31 de março de 2018

Quinta-feira Santa 2018


Quinta-feira santa
Jesus sela um pacto de amor com os seus filhos

A quinta-feira santa foi intensa para os fiéis que participaram dos ofícios litúrgicos na Catedral Santo Antônio. Nesse dia, são celebradas duas missas pontificais: pela manhã, a Missa Crismal, também chamada de Missa da Unidade; e à noite, a celebração da Ceia do Senhor.

A missa crismal
A Missa do Crisma (Missa Crismal) tradicionalmente é celebrada em nossa diocese na manhã da Quinta-feira Santa. Nesta missa, o bispo se reúne com seu presbitério e faz a consagração do Santo Crisma e abençoa os óleos dos Enfermos e dos Catecúmenos.

O clero diocesano das 70 paróquias, distribuídas em 49 cidades, reúne-se na Catedral Santo Antônio neste dia. Além do clero diocesano (secular), também participam desta celebração, os padres que estão ajudando das diversas comunidades. Geralmente são padres religiosos (regulares). Ao todo, estiveram em Campanha na manhã desta quinta-feira, cerca de 110 sacerdotes.




A celebração foi presidida pelo bispo diocesano D. Pedro Cunha Cruz e estiveram presentes os bispos eméritos D. Diamantino Prata de Carvalho, ofm e D. Gulherme Porto, emérito da diocese de Sete Lagoas e natural de nossa região.




Homilia episcopal
Em sua homilia Dom Pedro Cunha Cruz dirigiu-se particularmente aos presbíteros, alertando-os da constante necessidade de adaptação num mundo hodierno com rápidas e profundas transformações. “Quando pensamos no centro de nossa existência sacerdotal, nos cabe fazer uma pergunta crucial: O que identifica a nossa vida de padres?” [grifos do autor]




Renovação das Promessas sacerdotais
Após a homilia, os sacerdotes presentes são convidados a fazerem a renovação das promessas que um dia fizeram no dia de sua ordenação presbiteral. O bispo realiza três perguntas aos padres: se eles desejam renovar as promessas que fizeram; se eles renunciam a si mesmo e confirmam o compromisso ministerial; se desejam ser distribuidores dos ministérios de Deus. A cada uma dessas perguntas os sacerdotes confirmam, respondendo em primeira pessoa: “Quero!”

 

 



Procissão, bênção e consagração dos óleos
Os santos óleos, utilizados nos sacramentos do Batismo, Unção dos Enfermos, Crisma e Ordem, após a renovação das promessas sacerdotais, são levados ao bispo. O bispo abençoa o óleo dos Enfermos e dos Catecúmenos. E faz a consagração do Santo Crisma (utilizado nos sacramentos da Ordem de da Confirmação). Antes de fazer a consagração, o bispo prepara o óleo, misturando a ele o bálsamo, um perfume, para que o fiel, ao ser ungido, tenha o ‘bom odor de Cristo’ (conforme diz São Paulo na segunda carta aos Coríntios)





 

Durante a procissão do Óleos, o Coral Campanhense entoa o tradicional canto “Ó Redemptor”

Redemptor sume carmen temet concinentium
Audi Judex mortuorum, Una spes mortalium, Audi voces proferentur donum pacis praevium
Arbor foeta alma luce hoc sacrandum protulit, fert hoc prona praesens turba Salvatori saeculi
Stans ad aram imo supplex infulatus pontifex debitum persolvit omne consecrato Chrismate.
Consecrare tu dignare, Rex perennis Patriae, hoc olivum signum vivum, jura contra daemonum.

O Redentor, recebe os cantos daqueles que te aclamam.
Ouve, Juiz dos Mortos, esperança dos homens, ouve a voz dos que tomam a dádiva que antecede a paz.
Uma árvore viva com delicada luminosidade nos deu esta fruta que consagramos, e a feliz multidão aqui presente a oferece ao Salvador do mundo.
Em pé diante do altar, suplicando, o pontífice com seus adornos repara as dívidas com os óleos consagrados.


Comunicados oficiais
Antes da bênção final, D. Pedro Cunha Cruz, dirigindo-se aos fiéis, realizou dois importantes comunicados para a Diocese reunida na Catedral de Campanha

O primeiro deles diz respeito ao Cabido dos Cônegos Diocesanos. O Cabido diocesano foi criado por S. Pio X, papa por meio da bula Spirituali Fiidelium, documento que criou nossa diocese; e foi instituído por D. João de Almeida Ferrão. De 1983 a 2016, o cabido ficou inativo. Em 18 de agosto de 2016, D. Pedro restitui o cabido, nomeando 3 novos cônegos. O cabido foi restituído com a diplomação desses novos cônegos em 15 de setembro de 2016, festa de N. Sra. das Dores.

Na celebração desta quinta-feira, foram nomeados para integrar o cabido diocesano: Pe. Bruno César Dias Graciano, Pe. Marcos Antônio Menezes Thomaz, Pe. Sérgio Roberto Monteiro, Pe. Wanderlei Procópio do Nascimento. Os novos cônegos serão diplomados no dia 13 de junho de 2018, solenidade de Santo Antônio, padroeiro da catedral.

Outro comunicado feito na Missa Crismal foi a instituição da Escola Diaconal Diocesana São Lourenço Mártir. Também foi promulgado o estatuto da Comissão dos Diáconos Permanentes da Diocese de Campanha


Missa da Ceia do Senhor




No início da noite, D. Pedro, presidiu a celebração vespertina da Ceia do Senhor. Concelebraram, pe. Luzair Coelho de Abreu, pároco e chanceler do bispado e o frei Marcus Vinícius Andrade dos Santos, Carmelita Mensageiro do Espírito Santo.

Esta celebração abre o Tríduo Pascal e é o início dos acontecimentos do Mistério Pascal de Cristo Jesus. Tal como celebramos hoje, a missa da Ceia do Senhor foi reintroduzida no calendário litúrgico pelo Papa Pio XII, em 1955, sendo celebrada no início da noite, ou pelo menos após às 16h.

Lava-Pés
Encontramos relato da realização do Lava Pés, imitando o gesto de Jesus, na igreja primitiva. Desde o século IV ele é descrito em todas as liturgias. Com a reforma do missal promovida por Paulo VI, em 1970, o rito do Lava Pés tornou-se obrigatório em todas as celebrações da Ceia do Senhor. Esse gesto de doação total feito por Jesus na Última Ceia, abaixando-se e lavando os pés de cada um de seus apóstolos, deve ser recordado e atualizado. Por isso, muitas comunidades optam por eleger membros atuantes na comunidade para terem seus pés lavados. Como a igreja está vivendo o ano do laicato, foram escolhidos membros de diferentes segmentos pastorais para representarem os apóstolos da comunidade.


 

 

 

 

 

 


O Hino de Louvor
Na celebração da Ceia do Senhor, já se pode cantar o Hino de Louvor (o Glória). Após 40 dias sem executar este tradicional canto de nossa liturgia, os fiéis o entoam acompanhado pelo repicar dos sinos da Catedral e das sinetas tocadas pelos coroinhas. É a marca que estamos iniciando o tempo mais forte de todo calendário litúrgico.

 

 


Liturgia Eucarística e Transladação do Santíssimo Sacramento
Na sexta-feira santa é celebrado nenhum sacramento na Igreja. Por isso, na celebração de quinta-feira, é consagrado um número maior de hóstias, pois serão utilizadas tanto na missa do dia quanto na Celebração da Paixão do Senhor (na sexta-feira, 15h).

Como é feita memória da Instituição da Eucaristia na celebração, já se tornou um costume na Paróquia de Campanha os fiéis receberem a comunhão sob as duas espécies.






Após o rito do Lava Pés, Jesus está no Horto das Oliveira rezando e é preso. Inicia-se seu julgamento. Por isso, durante a Liturgia Eucarística, não são mais utilizadas as sinetas pelos acólitos e coroinhas. Ela são substituídas pela matraca, instrumento de madeira com uma argola de ferro. Durante a quaresma e na Semana Santa, a matraca é utilizada para indicar silêncio. Em Campanha, ela é utilizada na quinta e na procissão de sexta-feira santas.



Após a comunhão, Dom Pedro conduziu o Santíssimo Sacramento para a capela lateral do templo, onde ficou exposto para adoração aos fiéis até às 0h. A transladação do Santíssimo foi acompanhada por procissão composta por todos aqueles que participaram da liturgia da missa. O cortejo seguiu pelo centro da nave central da Catedral e pelo corredor lateral, acompanhado por matracas e o tradicional cântico Pange Lingua.

O canto Pange Lingua Gloriosi Corporis Mysterium, executado pelo  Coral Campanhense, é um hino latino escrito por São Tomás de Aquino para a solenidade de Corpus Christi. Nas cidades históricas, o hino também é cantado na Quinta-feira Santa, durante o traslado do Santíssimo Sacramento. A canção se refere à doutrina da Igreja sobre a transubstanciação. Os últimos versos, cantados quando o Santíssimo já está na capela, é composto do Tantum Ergum (Tão Sublime)

Pange lingua gloriosi corporis mysterium
sanguinisque pretiosi quem in mundi pretium
Fructus ventris generosi rex effudit gentium.
Nobis datus nobis natus ex intacta virgine
Tantum ergo Sacramentum veneremur cernui:
et antiquum documentum novo cedat ritui:
Praestet fides supplementum sensuum defectui.
Genitori, Genitoque laus et iubilatio,
Salus, honor, virtus quoque sit et benedictio;
Procedenti ab utroque compar sit laudatio.

               
Cante, ó língua minha, este mistério do glorioso corpo
Cujo precioso sangue que, para redimir o mundo,
Do generoso fruto do ventre, o rei das nações deixou fluir.
Dado a nós, nascido por nós, de uma virgem imaculada.
Deixe-nos venerar, prostrando-nos, este grande sacramento
E as antigas leis dão lugar a um novo rito.
A fé serve para complementar aos defeitos dos sentidos.
Ao Pai e ao Filho, louvores e jubilações.
Saudações, glória e honra a Eles e a bênção;
E louvor àquele que vêm dos dois.




Homilia


 

O pregador da Missa de Lava Pés, foi o frei Marcus Vinícius Andrade dos Santos, carmelita Mensageiro do Espírito Santo, residente na diocese de Santo Amaro, e que está auxiliando os padres na sé de Campanha.





Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal deve ser celebrado pelos fiéis como uma celebração única, que começa na quinta-feira, tem continuidade na sexta-feira, e sua conclusão com a Vigília Pascal. Você pode observar isso ao final das celebrações: não há bênção final na quinta e na sexta-feira. A grande bênção acontece na Solene Vigília Pascal.




Você pode acompanhar toda a cobertura da Semana Santa 2018 na fan page da Paróquia Santo Antônio acessando o endereço https://www.facebook.com/paroquiasantoantonio.campanhamg/

sexta-feira, 30 de março de 2018

Quarta-feira Santa 2018


Quarta-feira Santa é o dia do fiel campanhense meditar a participação de Maria no mistério da paixão


Na quarta-feira santa, os fieis de Campanha se reúnem na mais antiga igreja da vetusta cidade de Campanha para meditar a participação de Maria nos eventos da Paixão de seu filho.

A liturgia da missa
A celebração que precedeu o sermão foi presidida pelo pároco, pe. Luzair Coelho de Abreu e concelebrada pelo vigário paroquial, Pe. Wendel de Oliveira Rezende. As leituras propostas pela Igreja para a celebração continuam a lembrar os fiéis os momentos que precedem a paixão de Cristo.

  


A leitura, retirada do livro do profeta Isaías (50,4-9ª), é o Terceiro Canto do Servo de Javé. Esta leitura também é proclamada no Domingo de Ramos.  O Servo do Senhor não é um portador da sabedoria humana. Aceita o sofrimento que lhe é imposto e se abandona em Deus. O Evangelho (Mt 26,14-25) continua narrando os episódios da Ceia e a traição de Judas.

 

 


Só lembrando que você já viu aqui no blog que a liturgia da missa não está diretamente relacionada com a temática da procissão do dia.

Dores de Maria
Podemos dizer que a devoção às dores de Maria teve início na Alemanha, por volta do ano 1221. Mas foram  os religiosos da Ordem dos Servos de Maria (servitas), que propagaram esta devoção pelo mundo. Foram eles que deram o sentido teológico da devoção como a celebramos hoje. Pio X quem definiu o dia 15 de setembro como sendo o dia dedicado à Senhora das Dores.

As sete dores de Maria
A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas 2, 34-35)
A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus 2, 13-21);
O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas 2, 41-51);
O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas 23, 27-31);
Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João 19, 25-27);
Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61);
Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas 23, 55-56).

Os motetos






Para a procissão de quarta-feira santa o Coral Campanhense prepara os motetos de Dores do compositor Manoel Dias de Oliveira. É uma sequência de três peças que se repetem ao longo do trajeto.


Cui comparabo te? Vel cui assimilabo te, filia Jerusalem? Magna est velut mare contritio tua.
A quem te compararei? Ou a quem te assemelharei, ó Filha de Jerusalém? A quem te igualarei para te consolar, pois é grande como o mar a tua mágua.

 Facta est quasi vidua domina gentium; princeps provinciarum facta est sub tributo.
Tornou-se como uma viúva a senhora das nações; a princesa das províncias ficou sujeita ao tributo!

 O vos omnes qui transitis per viam, attendite et videre si est dolor sicut dolor meus.
O vós todos que passeis pelo caminho, olhai e vede se há dor semelhante à minha.


O Sermão das Dores de Maria


 

O pregador da noite foi o pe. Wendel de Oliveira Rezende, vigário paroquial e magnífico reitor do Seminário Propedêutico São Pio X. Você confere a íntegra do sermão no link abaixo.


   

Você pode acompanhar a Semana Santa na Paróquia Santo Antônio de Campanha, acessando a fan page da paróquia:https://www.facebook.com/paroquiasantoantonio.campanhamg/ . Lá você tem acesso a várias fotos, textos e transmissões ao vivo.