Durante a Semana Santa, a equipe
da Pastoral da Comunicação fez um intenso trabalho para cobrir todos os ofícios
celebrativos que aconteceram. O material todo foi divulgado nas mídias oficiais
da paróquia. A partir deste fim de semana você pode conferir um pouco desse
material, que foi impresso e está à disposição para visitação de todos nos murais da Catedral Santo Antônio.
Além das fotos, você pode conferir
fragmentos de todas as pregações realizadas.
A noite de alegria verdadeira que
une o céu e a terra inteira
Depois de passado todo um dia de
silêncio e oração, no sábado, em torno do sepulcro do Senhor, a paróquia Santo
Antônio, unida a toda Igreja, tem a alegria de reunir, no sábado santo a noite,
para uma solene vigília, a celebração mais importante do ano, a mãe de todas as
vigílias. Os fiéis se reúnem para velar com o Senhor e celebrar com ele a
passagem da morte e da sepultura para a vida nova. Esta noite é mais importante
que a própria noite do Natal, pois a grandeza da celebração do Natal depende do
mistério desta noite.
A solene vigília Pascal foi
presidida pelo bispo diocesano D. Pedro Cunha Cruz e concelebrada pelo pároco,
Pe. Luzair Coelho de Abreu; e pelo vigário, Pe. Wendel de Oliviera Rezende,
vigário paroquial e reitor do seminário propedêutico São Pio X. Participaram
também, os Ministros da Comunhão da Paróquia e a irmandade do Santíssimo
Sacramento.
Na noite da Vigília Pascal, os
fiéis são iluminados e profundamente atingidos pela luz de Cristo ressuscitado.
É feita a memória das ações maravilhosas de Deus na história, é os fiéis
renovam sua consagração batismal, pela qual são conduzidos das trevas à luz
admirável de Cristo. Os cristãos celebram a Páscoa de Jesus Cristo, solenidade
nova e universal, festa do coração, assembleia de toda a criação, alegria e
honra do universo. É a Páscoa da ressurreição!
A liturgia da Vigília Pascal
Pela sua importância, a Vigília
Pascal possui uma estrutura diferente de uma missa habitual. Ela é composta de
quatro liturgias: Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e
Liturgia Eucarística.
Antes da reforma litúrgica de
1955, era comum na paróquia Santo Antônio, os bispos (D. Ferrão e D. Inocêncio)
presidirem a Vigília durante a manhã do sábado. É possível encontrar esses
registros nos Livros de Tombo da paróquia. Após a reforma, que indica que a
vigília deve ser realizada a noite, após o poente, é que a vigília passou a ser
celebrada a noite.
Durante a Liturgia da Luz, é
abençoado o Fogo Novo e preparado o Círio Pascal que será utilizado ao longo do
ano durante os sacramentos e nas solenidades. O fogo simboliza a luz de Cristo
que sai do túmulo. Com esse fogo se acendo o Círio Pascal. Ele é a imagem e
símbolo de Cristo ressuscitado, luz do mundo. Após a preparação do Círio,
forma-se a procissão da luz. Como o povo de Deus no deserto, guiado por uma
coluna luminosa, os fiéis também em caminhada, são conduzidos pelo círio pascal,
imagem de Cristo, luz da humanidade.
Após a procissão da luz, é
entoado o Precônio Pascal (o canto do Exultet). Quem entoa o canto é o
presidente da celebração, que pode delegar a um solista ou ao coro tal função.
D. Pedro optou por cantar o Exultet na celebração.
O canto do Exultet é bem antigo
dentro do cristianismo, havendo relatos de sua execução desde o século IV. O
texto, tal como conhecemos hoje foi consolidado no século XII pelo papa Inocêncio
III. O hino é divido em três partes: um prólogo, um prefácio, hino.
Na Vigília Pascal, a Liturgia da
Palavra é um elemento forte. Nela celebra-se o Cristo que é Palavra do Pai, luz
do mundo. São propostas oito leituras para a celebração (apenas a terceira
leitura é obrigatória) que narram a história da salvação do povo Deus. Por
questões pastorais, na Paróquia Santo Antônio foram proclamadas as quatro
primeiras leituras e a epístola.
Durante a Liturgia Batismal é
feito o batismo de catecúmenos, jovens e/ou adultos que foram preparados
durante a Quaresma, para a recepção dos sacramentos de iniciação nesta vigília.
Este ano foram batizados sete jovens, sendo que cinco deles receberam os demais
sacramentos de iniciação cristã: Crisma e Eucaristia. A Liturgia Batismal
inicia-se com a Ladainha de Todos os Santos, invocando que a Igreja celeste se
una à Igreja terrestre implorando o Dom do Batismo para aqueles que renascem da
água. A solene bênção da água relembra e faz memória de todas as maravilhas
operadas por Deus mediante a água. Em seguida, formou-se a procissão em direção
à pia batismal da Catedral, onde os catecúmenos foram batizados. Após o batismo,
aqueles que receberiam o sacramento da crisma, já no presbitério, foram ungidos
por D. Pedro.
Prosseguindo a celebração, para
que todos vivenciem e recordem o seu batismo, é realizada a Renovação das
Promessas Batismais, onde o fiel acende novamente sua vela, renova as promessas
que um dia seus pais e padrinhos fizeram no dia de seu batizado e, na
sequência, são aspergidos com a água batismal.
Liturgia Eucarística
Os neófitos que receberiam a
Eucaristia pela primeira vez, a receberam sob as duas espécies consagradas, das
mãos de D. Pedro.
Ao final na celebração, após a
solene bênção pascal, Dom Pedro com os demais celebrantes e equipe celebrativa,
voltaram-se para o altar dedicado à padroeira diocesana e rezaram a tradicional
antífona mariana.
A música na celebração
Para a Vigília Pascal, tivemos dois grupos de canto participando da celebração. O Grupo de Seresta Luar, sempre prestigia a Vigília Pascal na Catedral entoando músicas do cancioneiro popular antes da celebração no adro da Catedral, atraindo os fieis para a Bênção do Fogo Novo. (Liturgia da Luz)
Já a celebração da vigília, a parte musical ficou a cargo do Coral Catedral, que sempre se faz presente nos momentos e celebrações principais da paróquia Santo Antônio
Homilia episcopal
Dom Pedro iniciou sua homilia
comentando com os fiéis sobre a importância das ações simbólicas presentes na
celebração. A Solene Vigília Pascal é tão rica de símbolos e gestos, que não é
necessário o presidente comentá-los com os fiéis, pois a liturgia fala por si.
Você pode conferir a íntegra da
homilia episcopal acessando o link:
Em sua fala, D. Pedro menciona um
texto do Ofício de Leituras do Sábado Santo. É uma homilia do século IV, de
autoria desconhecida. Nós disponibilizamos a íntegra deste texto:
“Que está acontecendo hoje? Um
grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão.
Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou
silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há
séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai antes de tudo à procura
de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que
estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao
encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles
estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso
primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de
admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E
com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes,
levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.
Eu sou o teu Deus, que por tua
causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo,
e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que
jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’
Eu te ordeno: Acorda, tu que
dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te
dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos;
levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te,
saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus, me tornei
teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que
habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo
da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado
entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim
fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que
por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as
bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.
Vê em minhas costas as marcas dos
açoites que suportei por ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê
minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora
estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.
Adormeci na cruz e por tua causa
a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no
paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da
morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O
inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso
mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu,
porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como
servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não
sejas Deus.
Está preparado o trono dos
querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial,
preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos
os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a
eternidade”.”
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