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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Memorial Dom Othon Motta

Memorial Dom Othon Motta


Com a abertura do processo de beatificação de D. Othon Motta, diocese de Campanha e paróquia Santo Antônio organizam memorial do servo de Deus.


Com a aceitação do pedido para abertura do processo de beatificação de D. Othon Motta, a diocese de Campanha já vislumbra a possibilidade de ter o seu terceiro beato. D. Othon foi o terceiro bispo diocesano, ocupando o governo pastoral da igreja Particular de Campanha de 1960 a 1985. Natural do Rio de Janeiro, foi sagrado bispo coadjutor de Juiz de Fora e lá atuou de 1953 a 1957. Posteriormente foi designado auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro. E, em 1959, bispo coadjutor (com direito à sucessão) da Diocese de Campanha.

No próximo dia 15 de setembro será inaugurado o Memorial do servo de Deus Dom Othon. E sobre esse fato, nós conversamos com Pe. Bruno César Dias Graciano, pároco a paróquia São Lourenço mártir, em São Lourenço, e promotor da causa de beatificação do Servo de Deus


Pe. Bruno, qual foi a motivação para a organização do memorial D. Othon Motta?
D. Inocêncio e D. Othon em evento social em Campanha
Quando se inicia o processo de beatificação de um servo de Deus, um dos passos iniciais é reconstruir a história de sua vida, fazendo memória de fatos marcantes com fotografias, filmagens, áudios, pertences... nada mais adequado que reunir tudo isso num espaço, que recebe o nome de memorial, onde os visitantes possam conhecer a sua história. A figura de Dom Othon Motta é muito marcante para o povo da campanha... muitos narram histórias belíssimas a seu respeito, mas é importante que as novas gerações e também o povo de nossa diocese e os mais diversos fiéis possam conhecer s vida de nosso servo de Deus Dom Othon Motta.



E o memorial funcionará aonde?
O memorial será na Residência Episcopal Bom Pastor, a casa que foi construída para Dom Othon viver quando a sua enfermidade começou a agravar, aquela casa acima da Residência Episcopal São José , em frente ao Seminário Diocesano, e serão reconstituidos, com os móveis originais, o seu quarto e escritório, onde poderão ser vistos paramentos, fotografias e objetos pessoais do servo de Deus.

Reconstituir a história nem sempre é um processo fácil. Como tem sido a captação de materiais para a composição do acervo do Memorial D. Othon?

Temos conversado com muitas pessoas que conviveram e, de modo especial, que trabalharam com Dom Othon, além de tantas outras que nos têm procurado para oferecer alguma foto, carta, áudio, video ou objeto pessoal, que, sem dúvida, adquirem um valor muito especial, estando no memorial, onde todos poderão contemplar.

De fato! E na catedral ainda temos alguns objetos de Dom Othon... Quem tiver algum objeto, alguma lembrança de d. Othon e se sentir motivado a doar, qual seria o procedimento?
Quem tiver algo que pertenceu ao servo de Deus Dom Othon Motta pode nos comunicar, ou procurar pela secretaria da Causa de Beatificação, junto à Curia Diocesana, falando com a senhora Aneliza.

E falando sobre o processo de beatificação. Corrija-me se estiver errado, por favor. Recentemente o vaticano concedeu o título de servo de Deus a Dom Othon. Qual são os próximos passos deste processo?
Quando o processo é aprovado pela Sagrada congregação para a causa dos santos, a pessoa já passa a ser considerada serva de Deus. O passo seguinte é reconstituir a sua história, com testemunhos e coleta de graças alcançadas, na chamada fase diocesana, que começa ou termina com a exumação dos restos mortais. No caso do servo de Deus Dom Othon Motta, a fase diocesana terá início com a exumação, provavelmente em novembro, de acordo com o postulador da causa, o italiano, Dr. Vilotta.

Existe certa dúvida a respeito motivo da exumação. Por que exumar o corpo do candidato a beato?
A exumação tem o objetivo de comprovar que, de fato, a pessoa existiu.

Essa reconstituição histórica mencionada é feita através de documentação oficial ou relatos de pessoas que conviveram com d. Othon? Ou as duas coisas juntas?
As duas coisas juntas são muito importantes: documentos pessoais, escritos, gravações, além dos testemunhos.

Concluída essa fase diocesana, o processo é encaminhado para o Vaticano? Como seria a outra fase?
Encerrada a fase diocesana, os relatórios são enviados à Sagrada Congregação para a causa dos santos, em Roma, para criteriosa avaliação, considerando que neste relatório há relatos de graças e milagre alcançado por sua intercessão.

Com relação à duração do processo, há algum prazo determinado para, por exemplo a conclusão da fase diocesana? Há alguns processos que demoram muito, como foi o caso de Pe. José de Anchieta, beatificado só em 1980.
Não há prazo... tudo depende do andamento da coleta de dados e da comprovação do milagre.

Chegada de D. Othon em Campanha
A data escolhida para a inauguração do memorial foi um dia muito especial, 15 de setembro, festa litúrgica da Senhora das Dores, padroeira do Seminário Filosófico. O que está sendo programado para a ocasião?
Esta data também é da chegada de Dom Othon Motta à nossa Diocese, que ocorreu em 1959. Às 10h acontecerá a missa em honra a Nossa Senhora das Dores, na Catedral. Ato contínuo será a inauguração do memorial pelo bispo diocesano, Dom Pedro Cunha Cruz, na presença dos padres e seminaristas.


A Comissão de postulação da causa de beatificação do Servo de Deus Dom Othon Motta é composta pelo Pe. Marco Antônio Iabrudi Filho, pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Aiuruoca; Pe. Bruno César Dias Graciano, pároco da paróquia São Lourenço; Francisco Custódio Neto, notário; e Leonardo Gonçalves Lima, notário-adjunto.


Se você tiver notícia de alguma graça, ou foi agraciado com a intercessão de D. Othon Motta, entre em contato com a comissão. Você pode fazê-lo acessando o site da diocese de Campanha: http://www.diocesedacampanha.org.br




Fonte: Flavio Maia - PASCOM/Campanha
Fotos: PASCOM/Campanha e Internet




domingo, 21 de agosto de 2016

Seminário Propedêutico celebra seu padroeiro



Seminário Propedêutico celebra festa do padroeiro


A manhã deste sábado, 20 de agosto, foi especial para a comunidade do Seminário Propedêutico de nossa diocese, que celebrou a festa de seu padroeiro São Pio X. Foi celebrada missa solene, presidida pelo bispo D Pedro Cunha Cruz e concelebrada pelos magníficos reitores Pe. Edson Pereira de Oliveira (Propedêutico) e Prof. Me. Pe. Carlos Henrique Machado (Filosofia); Pe. José Douglas Baroni, vigário geral do bispado; e pe. Wesley Clay Rodrigues, orientador espiritual dos seminaristas.

São Pio X, cujo nome de batismo era Giuseppe Melchiorre Sarto, nasceu em 2 de junho de 1835 e faleceu em 20 de agosto de 1914. Era o segundo filho de uma família de 10 filhos que morava na zona rural de Treviso, Itália. Foi eleito bispo de Mântua em 1884 e, em 1896, foi elevado ao Patriarcado de Veneza. A eleição para o pontificado ocorreu 4 de agosto de 1903. São Pio X, foi o único papa do século XX a ter uma vasta experiência pastoral em nível paroquial. No Brasil, ele criou as dioceses de Taubaté (SP), a nossa diocese de Campanha; arquidiocese de Aracaju (SE); e na Bahia, as dioceses de Ilhéus, Barra e Caetité.  Sua beatificação foi em 1951 e a canonização, em 3 de setembro de 1954.

Relicário com a relíquia de São Pio X
Em sua homilia, Dom Pedro fez um resgate de suas lembranças pessoais acerca de S. Pio X. Quando estudava na Itália, teve a possibilidade de conhecer a casa onde morou o papa. Recorda-se muito dos pares de sapato do jovem Giuseppe. Ele ia descalço para a escola, carregando os sapatos na mão para não gastá-los e só os colocava quando entrava na escola.

“O seu lema ‘Restaurar todas as coisas em Cristo’, tem muito a ver com seu desafio apostolado. [...] Seu antecessor, Leão XIII, já se preocupava com as chamadas doutrinas modernistas que invadiam não somente a Igreja, mas arrastavam todos os fieis a uma secularização exagerada. Por isso fazer com que a doutrina de Cristo se mantenha intacta, mediante essas correntes de pensamento humano, muitas delas descartando a ideia de Cristo, afirmando que Deus seria tão somente uma ideia criada pelo homem com diversos motivos, e um deles seria o medo da morte. Ele também lutou [...] contra o laicismo onde os leigos descartavam a necessidade do Evangelho de Cristo e participação da Igreja, como nós chamamos ainda hoje do binômio fé sim – Igreja não.”

Dom Pedro destacou também os feitos pastorais de São Pio X. A catequese esteve sempre muito presente em seu episcopado, publicando o chamado “Catecismo de S. Pio X”. Promoveu várias reformas pastorais, entre elas a participação dos fieis no culto eucarístico, propiciando a comunhão regular (antigamente era por hábito comungar apenas na páscoa, dia do padroeiro, e algumas solenidades). Outro traço marcante foi a redução da idade para comunhão: crianças poderiam comungar a partir de 7 anos de idade. “Outro traço ainda marcante, é a pastoral em contato direto com os fieis. São Pio X não gostava de padres, chamados padres de sacristia, embora fosse ainda uma vertente muito acentuada em sua época. [...] O maior desejo de sua obra era ver todas as pastorais da Igreja, indo ao encontro direto com os fieis, uma Igreja muito próxima do povo santo de Deus. Que bonito ver isso! Um desejo de um papa no início do século XX que ainda é muito presente, vivo, nos dias de hoje”. O bispo recordou também que S. Pio X também trabalhou como padre no seminário de sua diocese (Treviso)

Ao final da celebração, o reitor do seminário propedêutico, Pe. Edson Pereira de Oliveira, fez um agradecimento especial a Dom Pedro pela presidência e confiança nele depositada; aos professores e demais profissionais que acompanham a formação dos seminaristas, que são os responsáveis pela lapidação desses jovens; e manifestou sua gratidão aos diretores espirituais que acompanham os seminaristas, pois são os companheiros de caminhada. As festividades encerraram-se com um almoço de confraternização entre os presentes no refeitório do seminário.

A festa litúrgica de São Pio X é celebrada no dia 21 de agosto.






“Ó Deus, que para defender a fé católica e restaurar todas as coisas em Cristo, cumulastes o papa são Pio X de sabedoria divina e coragem apostólica, fazei-nos alcançar o prêmio eterno, dóceis à suas instruções e seus exemplos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.”  (Oração do Dia na memória de São Pio X)








Reportagem: Flávio Maia - PASCOM/Campanha

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Jubileu de Dom Pedro Cunha

4 de agosto:
dia de São João Maria Vianney e jubileu sacerdotal de Dom Pedro Cunha Cruz


No dia 4 de agosto a Igreja lembra a memória de São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, padroeiro de todos os padres. No Brasil, o domingo mais próximo ao dia 4, é dedicado à oração pelas vocações sacerdotais. A paróquia Santo Antônio, em Campanha, na noite desta quinta-feira, celebrou solenemente o aniversário de 26 anos de ordenação sacerdotal de Dom Pedro Cunha Cruz, bispo diocesano.

Concelebraram a missa, o pároco de Campanha e chanceler do bispado, Pe. Luzair Coelho de Abreu e o vigário e reitor do seminário Propedêutico, Pe. Edson Pereira de Oliveira. A parte musical ficou a cargo do coral de seminaristas do propedêutico.

Em sua homilia, D. Pedro iniciou fazendo um breve comentário sobre cada uma das leituras propostas pela liturgia. Sobre a primeira leitura, do profeta Jeremias (31, 31-34), o bispo ressaltou que o profeta é o único do Antigo Testamento que trata sobre a renovação da aliança do povo de Israel. A liturgia desta semana narra o retorno do povo de Israel, depois de passados mais de 40 anos no exílio da Babilônia, muitos sem esperança, achavam que a história do povo acabaria, pois era um povo reduzido devido à idade, muitos mortos pela espada.




Sobre o Evangelho do dia (Mt 16, 13-23), o bispo destacou o diálogo entre Pedro e Jesus.

“O diálogo tem três momentos. O primeiro é a pergunta. O segundo, não é resposta, mas confissão. E o momento é o envio. Muito poderia se falar de Jesus, mas muitos falavam sem ter a consciência da identidade de Jesus. Ele é a visibilidade desse amor, assim como Deus se revelou no Antigo Testamento. De fato, na vinda de Jesus, na sua pessoa, no mistério que ele é, Deus conclui esta Nova Aliança. Não foi na época do profeta Jeremias ou no retorno do povo de Israel do exílio para a Terra Prometida. Deus conclui e renova esta Nova Aliança através da vinda de seu Filho entre nós.”

E continua: “O Espírito de Deus, soprando e agindo no interior de Pedro, escolhe o mais idoso e o mais humilde, talvez o mais iletrado do colégio apostólico, para dizer que Deus não segue a lógica dos homens na sua eleição: Ele elege quem ele quer. Mas, ao mesmo tempo que ele faz isso em caráter confessional: ‘Tu és o Messias, o filho do Deus vivo’, Jesus também vai dar-lhe uma missão, com o mesmo pronome e verbo: ‘Tu és Pedro’. ‘Tu és Pedro, Cefas, Pedra, e sobre essa rocha vou edificar minha Igreja’. Jesus tem consciência, confirma, que o próprio Pai, com quem está em comunhão e guiado pelo Espírito Santo, deu esse sinal para Jesus, que é o Messias. É para este que eu quero que entregues as chaves. E é sobre essa mesma confissão de Pedro, que nós podemos ser Igreja e participar dessa Igreja.”

Na segunda parte de sua homilia, o bispo faz referência a S. João Maria Vianney, lembrando que, logo após ordenado, o padre recebe o primeiro desafio do vigário-geral de sua diocese: ir para a cidade de Ars, muito rejeitada pelos padres devido ao anti-clericalismo oriundo da Revolução Francesa e profunda degradação moral. O vigário geral, ao lhe dar a provisão disse a S. João: “Há pouco amor nessa cidade. Vá lá implantá-lo!”. O padre deve ser essa ponte de comunhão, levando Deus aos homens e os homens a Deus. 


“Duas coisas são fundamentais na vida sacerdotal, eu sempre digo isso aos padres. Celebrar a Santa Eucaristia como se esta fosse a primeira e, ao mesmo tempo, a única e definitiva. Não perder a alegria da celebração. Esta graça de Deus nos concede de tornar presente o mistério de seu Filho. E ao mesmo tempo ele [Cura d’Ars] é marcado pela catequese. Vinham intelectuais não somente da França, mas da Europa inteira, ouvir este homem, que era tão simples, [...] mas Deus o transformou, fazendo-o, portanto, uma referência de um catequeta, de um orador, e de ao mesmo tempo, de uma solicitude pastoral, que realizava obras de caridade [...].” A imagem de Cura d’Ars é muito forte neste Ano da Misericórdia, pois ele tinha muito carinho com o penitente. “Cura d’Ars é o homem do perdão”.

Ao final da celebração, o Conselho Pastoral Paroquial, em nome da comunidade campanhense, fez uma breve saudação ao bispo pelo seu jubileu sacerdotal.


Fonte: PASCOM/Campanha