menu superior

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Celebrações Natalinas na Paróquia Santo Antônio


Natal do Senhor Jesus
Hoje uma luz brilhou para nós. Hoje nasceu nosso rei e Senhor






 A paróquia Santo Antônio de Campanha  celebrou a missa da noite de Natal este ano às 21h. A celebração, presidida pelo pároco, pe. Luzair Coelho de Abreu, teve a participação de muitos fiéis que, antes da tradicional ceia natalina, foi dar graças ao Pai, pela vinda do Menino-Deus. O Natal é a festa da encarnação divina na figura de uma criança.

Nesta celebração a imagem do menino Jesus foi entronizada solenemente e colocada ao lado do ambão, o local de onde se proclamam as leituras. Este ano, a entronização foi feita pela família de Luiz Felipe e Ana Paula, acompanhados de seus filhos, Luiz Miguel e Luiz Guilherme.

Em sua homilia, pe. Luzair ressaltou a simplicidade da cena do presépio.  “Como ser tomado por essa alegria se não temos esse olhar da criança, se não temos a simplicidade na nossa vida, se não temos a humildade? Por isso nós temos aqui que buscar manter esse olhar de simplicidade, na humildade, para que participemos bem desse momento. Porque se nos apresentamos como o grande, o sábio, o racionalista, aquele que é cheio de si, correremos o risco de ser como aquele que está participando das bodas, das festas, não com o traje apropriado. Estaremos aqui, mas não estaremos com o traje próprio dessa noite: que é justamente a simplicidade. Somente assim nós teremos esse olhar de espanto, não um espanto de incompreensão, mas aquele espanto que enche de alegria, de admiração pelo mistério que celebramos. Isso é bem próprio da criança. Assim, quem celebra esta liturgia com esse olhar, a cada ano a liturgia não é a mesma. A celebração de Natal não será uma celebração repetitiva, mas será a celebração do mistério da encarnação; a celebração realmente que traz alegria e esperança! [...]”

  

E continuou: “E por que nós devemos ter essa alegria? Porque o menino nos foi dado, vai dizer o profeta! [fazendo referência à I Leitura da missa] E aí poderiam dizer: mas criança não nasce todo dia? Sim, criança nasce todo dia. É uma alegria, principalmente para a mãe que a espera! Mas é também sinal que Deus não se desespera com a humanidade. E por isso é alegria para todos nós cristãos, o nascimento de uma criança. Mas essa criança que hoje celebramos tem algo especial. Vai dizer o profeta: ‘ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz’ [referência à I Leitura do profeta Isaías]. Aí está o diferencial desta criança, que hoje para qual nós nos voltamos. Estes que traz nos ombros tudo isso e Paulo vai ainda acrescentar: ‘traz nos ombros a graça de Deus que se manifestou trazendo a salvação para todos os homens’ [referência à II Leitura da Carta de São Paulo a Tito]. Portanto, não é uma criança qualquer, não é um menino qualquer. Ele traz a salvação para todos os povos!”


Antes da bênção final, formou-se uma procissão do presbitério da catedral ao local onde está montado o lindo presépio da Catedral. Pe. Luzair tomou a imagem do menino Jesus e colocou na manjedoura do presépio, onde ficará até a Epifania do Senhor.


As missas de Natal

Na paróquia Santo Antônio, em Campanha, foram celebradas todas as missas prescritas no lecionário. A Missa da Vigília – celebrada às 18h30min; Missa da Noite – às 22h; Missa da Aurora – às 7h do dia 25; Missa do dia – celebrada às 10h e 19h.


Missa da Vigília - Catedral
Missa da Vigília - Catedral
Durante a missa das 18h30min na Catedral, pe. Edson Pereira da Silva, vigário paroquial abençoou a imagem do Menino Jesus e depositou a imagem no presépio que está montado na praça D. Ferrão, em frente à Catedral Santo Antônio.

Missa da Vigília - Catedral

Missa da Vigília - Catedral
  Nas comunidades foram celebradas missas nos seguintes horários: Dia 24 de dezembro - Missa da Noite, às 19h na comunidade Santa Terezinha e às 21h na comunidade N. Sra. Aparecida (Ferreiras). Dia 25 de dezembro: às 8h30min nas comunidades São Sebastião e N. Sra. Aparecida (COHAB); às 17h30min nas comunidades N. Sra. do Rosário e Santa Cruz.
Missa da Noite - Com. N. Sra. Aparecida (Ferreiras)

Missa da Noite - Com. N. Sra. Aparecida (Ferreiras)
Missa da Noite - Com. N. Sra. Aparecida (Ferreiras)


Missa da Noite - Com. N. Sra. Aparecida (Ferreiras)


Missa da Noite - Com. N. Sra. Aparecida (Ferreiras)
Missa da Noite - Com. N. Sra. Aparecida (Ferreiras)

 A celebração de natal


A celebração do natal como temos hoje, tem sua origem com os primeiros cristãos. Perseguidos pelo império romano, em uma época que o catolicismo não era permitido, os primeiros cristãs, aproveitando a festa pagã do Deus-Sol, no solstício de inverno (dia do ano em que o sol está no ângulo mais afastado do equador terrestre, correspondendo à noite mais longa do ano), ressignificaram esta festa (também chamada de “natalis invicti Solis”), no século III, para estimular a conversão dos povos pagãos e usaram a mesma data para comemorar o nascimento de Jesus. Foi feita a relação de Jesus com o sol; o sol que vem para iluminar as trevas da humanidade.

Nas igrejas de rito oriental, os ortodoxos, o natal é celebrado na solenidade da Epifania do Senhor (que acontece no primeiro domingo após o dia primeiro de janeiro).  Na celebração da epifania, o Menino-Deus se manifesta a todos os povos através da figura dos reis magos.

Texto: Flávio Maia - PASCOM/Campanha
Você pode acompanhar a reportagem fotográfica completa das demais missas natalinas na fan page da paróquia no facebook: https://www.facebook.com/paroquiasantoantonio.campanhamg/

sábado, 10 de dezembro de 2016

Formatura do seminário Filosófico


Formatura do Instituto Filosófico São José

 Seminário Nossa Senhora das Dores reúne-se para conclusão do ano letivo e formatura dos concluintes do curso de Filosofia


Seminarista Edson com seu padrinho, Pe. Ednaldo Barbosa
 (pároco em Três Pontas - N. Sra. d'Ajuda)

Seminarista João Paulo com seu padrinho, pe. Reginaldo Oliveira
(Administrador Paroquial em Três Corações - Sagrado Coração de Jesus)
Seminarista Paulo César e seu padrinho, pe. Antônio Claret de Carvalho
(Administrador Paroquial em Soledade de Minas)

Seminarista Erick com seu padrinho, Pe. Aluísio Gustavo Dias (pároco em Cambuquira)

A manhã desta sexta-feira foi especial para os seminaristas formandos. Após 3 anos de estudos, eles concluíram o curso livre de Filosofia, segunda etapa formativa para o sacerdócio. A celebração, realizada na capela do Sion, foi presidida pelo bispo diocesano D. Pedro Cunha Cruz, concelebrada pelo bispo emérito D. Diamantino Prata de Carvalho, ofm, pelos reitores das casas de formação da diocese: Pe. Carlos Henrique Paiva (Seminário N. Sra. das Dores – filosofia), Pe. Sérgio Roberto Monteiro (Seminário N. Sra. do Carmo – teologia) e Pe. Edson Oliveira (Seminário São Pio X – propedêutico); além de diversos padres da diocese.

O ano era 2103 quando os jovens Edson Cassiano Lopes (natural de Baependi), Erick de Oliveira e Silva (Jesuânia), João Paulo Gonçalves de Carvalho (Conceição do Rio Verde) e Paulo César Teixeira (Careaçu) iniciaram sua caminha de formação, ingressando no Seminário Propedêutico São Pio X. No ano seguinte, 2014, ingressaram no Seminário Nossa Senhora das Dores para cursarem o curso de filosofia, mantido pelo Instituto Filosófico São José. Juntamente com os estudos obrigatórios, os seminaristas também iniciaram o estágio pastoral nas algumas paróquias de nossa diocese, podendo entrar em contato com a realidade humana e religiosa do povo que forma a esta Igreja Particular.
 





 





A Homilia de Dom Pedro

A homilia de Dom Pedro foi especialmente dirigida aos formandos. Ele refletiu sobre a falsa separação existente entre fé e razão.

“O saber filosófico é, sem dúvida alguma, o apontar o caminho para a sabedoria, como ser sábio. Existe uma figura da sabedoria tanto na cultura ocidental grega, como também a presença da sabedoria em Israel. No fundo, no fundo, não são dois caminhos separados. Mas aquilo que Deus dispôs na natureza humana, e que, portanto, encontraram caminhos diferentes, ou pelo menos semelhantes ou paralelos, na busca da mesma verdade. E é exatamente essa sabedoria que nós estamos esperando para celebrar liturgicamente essa memória histórica. O que nós esperamos é o Verbo encarnado!”

“Eu diria que esta etapa que eles estão concluindo é a etapa da razão. E vão iniciar agora a etapa da experiência e do aprofundamento da fé. Faço memória da encíclica do saudoso são João Paulo II, Fides et Ratio. Em 2001, escrevi um artigo na revista Communio falando dessa conciliação possível. E para mostrar que existe essa possibilidade de conciliação é que nos nossos estudos eclesiásticos a sapiência cristã, a sabedoria cristã, nos propões exatamente isso: a conclusão de uma etapa de estruturação da razão e o início de nova etapa onde eles vão ter que experimentar, mais do que demonstrar racionalmente, a abertura e a não incompatibilidade desta razão que está muito bem estruturada, espero eu (pela sólida formação filosófica que tiveram), direcionando, portanto, para esta nova fase, pela busca da fé. Uma fé sempre inquietante! Uma imagem que a encíclica nos dá: vocês agora estão completando a construção de uma asa. O pássaro não consegue voar com uma asa; o avião consegue voar com a turbina, mas o pássaro não! Se cortar uma das asas do pássaro, ele não consegue voar. Estamos agora na fase embrionária da construção da segunda asa: da busca da verdade. Essa imagem da fé e razão constitui as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade.”


“Então, vocês vão começar agora, caros formandos, um pensar teológico, depois de terminarem um pensar filosófico. E pensar teologicamente a fé, é realizar uma futura síntese da nossa própria fé e a razão. Viver essa experiência que os clássicos chamavam de “fides quærens intellectum”. É uma fé que não vai jogar fora a filosofia que vocês receberam como formação. Pelo contrário: a teologia vai sempre reivindicar essa sólida formação filosófica. Eu até dizia quando era professor na PUC/RJ, que o autêntico teólogo, é aquele que consegue pensar teologicamente os princípios da fé, é aquele que teve uma sólida formação filosófica.”

“Lembro aqui Santo Agostinho e São Boaventura: eu preciso dessa reflexão filosófica para que eu possa continuar crendo, para que essa reflexão me ajude no ato de fé. Nós não podemos pensar na teologia como sendo o descarte da filosofia. Mas uma filosofia de inspiração cristã que está também aberta aos princípios da fé. E necessita e precisa dessa fé para que ela possa ter, então, a resposta a tudo aquilo que ela não consegue alcançar. Onde está o início de uma está o princípio da outra.”

“Não poucas vezes, a racionalidade moderna nasce do confronto dialético dos dois universos: fé e razão, como nós estamos presenciando hoje; quando vi um jornalista comentar a questão do aborto: ‘agora o Brasil não pode mais fugir do debate em nível nacional. E nós temos que afastar qualquer tipo de concepção religiosa que impeça essa discussão ou esse avanço’. A teologia como tal nunca quis fugir desse debate! Ela quer esse diálogo de maneira científica! A teologia como tal, nunca quis fugir desse debate. Ela quer esse diálogo de maneira científica porque entendemos que a teologia ou a própria religião não pode ficar de fora desse estudo, pois o objeto deste é a própria vida. A fonte e o princípio dessa vida é o próprio Deus! Então como a religião ficar de fora quando se toca naquilo que é o sacrário inviolável do que Deus pode conceder ao homem que é a vida? Então significa uma postura pouco científica de tentar expurgar a teologia, a própria religião e a fé como um todo desse debate.”

“Termino minha reflexão resgatando uma frase de Pascal: “é diferente a demonstração, portanto, entre a fé e a razão. Esta razão/demonstração é humana e aquela é um dom dado por Deus”. E aí está essa possível conciliação na aceitação. Vocês agora terminam uma etapa, de uma estruturação muito mais humana e racional. [...] É importante fazer essa reflexão nesse momento de passagem de uma etapa para outra. Então, gostaria muito que vocês continuassem essa estruturação da busca racional dos princípios fé com essa reflexão. [...] Que nossa casa de formação, possa ser uma casa de um saber racionalmente estruturado, humanamente elaborado, mas que seja também uma casa onde todos nós possamos perceber  fé como um dom que vem iluminar toda razão autêntica que afirma a existência de Deus.”



A formatura

Após a bênção final, iniciou-se o ato cívico de entrega dos certificados aos formandos. Pe. Carlos Henrique, reitor do seminário filosófico dirigiu aos formandos algumas palavras, ressaltando a importância do saber filosófico para a formação humana e vocacional do seminarista.

 



“Dirijo-me agora, particularmente, aos concluintes do nosso curso livre de Filosofia do Instituto Filósfico São José: Edson, Erick, João Paulo e Paulo César. Segundo o filósofo Merleau-Ponty, a verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”. De fato, é muito difícil passarmos pela experiência da reflexão filosófica e permanecermos indiferentes a ela. Filosofar significa também buscar e assumir uma filosofia de vida. Significa adotar uma visão de mundo, de ser humano, da realidade em geral. Espero, que, ao longo do itinerário da filosofia vocês tenham aprendido ou reaprendido a perguntar, não quaisquer perguntas, e sim aquelas perguntas que são capazes de oferecer um verdadeiro sentido para nossa existência. Espero que tenham aprendido a criticar [...]; a crítica que nos insere no processo de desconstrução e construção de nossas ideias e concepções e nos possibilita crescer e amadurecer sempre mais. Espero que tenham reaprendido a olhar. Espero que tenha ficado no passado o olhar pessimista, reducionista e o olhar indiferente. E que a nova etapa que se inaugura na formação de vocês permita sempre um olhar mais amplo, mais profundo, mais verdadeiro e mais integrador.”


Os certificados foram entregues por D. Pedro, eleito pelos formandos, o paraninfo da turma.

Concluindo o momento, o seminarista Edson, em nome da turma 2016, dirigiu palavras de agradecimento: agradeceu os padres que os acompanharam ao longo da caminhada, aos professores e profissionais do seminário funcionários e amigos que cultivaram durante o estágio pastoral realizado nas diversas paróquias da diocese.



 Após o ato cívico, os presentes se dirigiram para o Seminário Nossa Sra. das  Dores para almoço de confraternização, servido nos jardins do seminário.



Texto: Flávio Maia - PASCOM/Campanha