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terça-feira, 31 de maio de 2016

Trezena em Louvor a Santo Antônio - 1º. Dia



Com Santo Antônio, 
dar de beber a quem tem sede

Palavras de Deus: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4,3)
Palavras do Santo: “São os pobres, os simples, os humildes, que têm fome e sede da palavra de Deus”.
Oremos: Senhor, a vossa palavra é o alimento do nosso espírito, e a luz em nosso caminho. Abri nosso coração para acolhê-la, nossa mente para entende-la e motivai nossa vontade para praticá-la.

Por intercessão de Santo Antonio, Mestre do Evangelho, fazei que consigamos orientar nossa vida pessoal, familiar e comunitária com a verdade libertadora de vossa palavra. Amém!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Santíssimos Corpo e Sangue de Cristo 2016


“O desejo de ver-Te adorado, tanto invade o meu coração
Que eu quisera estar noite dia, a teus pés em humilde oração!”
 
Paróquia Santo Antônio celebra a solenidade dos Santíssimos Corpo e Sangue de Cristo

A tradicional solenidade dos Santíssimos Corpo e Sangue de Cristo, popularmente chamada de Corpus Christi, foi celebrada, na paróquia Santo Antônio, sé diocesana, com os tradicionais tapetes de serragem. Foram celebradas 3 missas na catedral, às 7h, 10h e 15h, sendo este último horário, a missa solene com a procissão.

Os católicos começaram a dedicar um dia específico para demonstrar a devoção no Cristo Eucarístico na Idade Média, no ano de 1264, com a bula Transiturus de mundo do papa Urbano IV. A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia. Aconteceu que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia. O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.

Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.
 
A celebração solene em Campanha foi presidida pelo pároco, Pe. Luzair Colelho de Abreu, chanceler do bispado, e animada pelo Coral Catedral. Em sua reflexão, pe. Luzair começou explicando aos fieis o real sentido da celebração. A Eucaristia é o centro da vida e da missão de Jesus entre nós. Ele veio fazer de nós uma comunidade de pessoas solidárias que se amam, se ajudam e vivem em comum-união e na partilha.

O clérigo também lembrou um rito muito significativo da páscoa judaica. “A páscoa judaica se dá com a celebração em torno da figura do pai. Ao reunir a família, num dado momento, era instigado pela figura do mais novo da família: ‘O que significa este rito?’ Olhando para a páscoa de Jesus, com seus discípulos, certamente ela se deu nesse contexto, nesse formato da páscoa judaica. Jesus como aquele pai de família que se apresenta para sua comunidade; eles reunidos em torno do banquete, o mais novo certamente fez a mesma pergunta; o mais provável era que tenha sido João, o evangelista: Jesus, o que significa este rito?”  

Continuou recordando que a Vigília Pascal provavelmente segue o mesmo esquema da páscoa judaica, principalmente na escolha dos textos bíblicos que são utilizados, pois dão uma visão geral da história do povo judeu. Pe. Luzair convidou os fieis a se perguntarem como eles estão celebrando a Eucaristia, pois essa é um questionamento que todos devem se fazer sempre que participam da missa.

“Jesus, ao deixar a Eucaristia, nos deixa a Eucaristia como um memorial. Não como um memorial morto, não como um passado! Esse memorial instituído por Jesus não é um acontecimento, não são cinzas de uma pessoa ilustre. Não! Esse memorial é uma pessoa viva, presente no meio do povo: é Jesus Cristo! Jesus se faz presença no nosso meio! E a Eucaristia é o grande memorial dessa presença. Jesus está presente realmente no altar, quando celebramos a santa Eucaristia.[...] A Eucaristia dá a nossa identidade, a base para que nós sejamos povo de Deus, para que sejamos povo cristão, para que sejamos realmente discípulos de Jesus. A Eucaristia é memória, a Eucaristia é presença! [...]”

Após a missa, deu-se início a procissão com o Santíssimo Sacramento. Os fieis das diversas pastorais e segmentos se esmeraram na confecção dos tapetes para a passagem da procissão. O trabalho iniciou-se com o raiar do sol e terminou por volta do meio dia. E os moradores das casas por onde foi o trajeto da procissão também enfeitaram as janelas com toalhas e jarros com flores.

 




 

 

























Reportagem: Flávio Maia - PASCOM/Campanha

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Pentecostes e Crismas 2016

Pentecostes: Vinde Espírito Santo
 Paróquia Santo Antônio em Campanha celebra Pentecostes com crisma de jovens



“É com grande alegria, meus irmãos, que vimos chegar este dia de Pentecostes, onde a santa Igreja brilha aos olhos dos fiéis e inflama seus corações. Pois celebramos este dia em que Nosso Senhor Jesus Cristo, depois de sua ressurreição e da glória de sua ascensão, enviou o Espírito Santo.” Com o espírito e o coração como o de Santo Agostinho, ao proferir este sermão, a paróquia Santo Antônio se reuniu na noite do último sábado, dia 14 de maio, na Catedral. Como já é costume, as crismas na comunidade campanhense, preferencialmente, acontecem na solenidade de Pentecostes.  



Pentecostes era uma festa celebrada pelo povo de Israel, mas era uma festa ligada à colheita e, posteriormente, a festa do Sinai que acontecida cinquenta dias depois da Páscoa. Nos primeiros séculos do cristianismo, Pentecostes não era apenas um dia, mas os cinquenta dias do tempo pascal, que último dia tinha o seu encerramento. Havia portanto, grande unidade entre Páscoa e Pentecostes. A partir do século IV rompeu-se essa unidade e Pentecostes passou a ser uma festa distinta da Páscoa. A renovação do Vaticano II resgatou a unidade perdida, propondo que Pentecostes seja o encerramento da festa pascal.

A solenidade de Pentecostes é o dia em que o mistério pascal atingiu a sua plena realização no dom do Espírito Santo derramado sobre a Igreja. O espírito profético de Jesus torna-se o grande Dom da Igreja, tornando-a comunidade da proclamação e do testemunho. Como o Espírito enviou os apóstolos em missão, o bispo confirma os jovens para que assumam o compromisso de ser igreja na realidade em que vivem.  

Dom Pedro Cunha Cruz, iniciou sua homilia comentando justamente isso: como a liturgia de Pentecostes é propícia para a celebração do sacramento. E ainda comentou que, naquele fim de semana, iria crismar cerca de 500 jovens. Em Campanha foram 167, sendo que 10 receberam, pela primeira vez, a Eucaristia.

Dirigindo-se diretamente aos crismandos, o bispo explicou a importância da apresentação que o pároco faz, após o Evangelho, daqueles que receberão o sacramento. “A primeira dimensão é que toda comunidade visibiliza cada um quando vocês ficam em pé. Você se apresenta à comunidade como alguém que caminhou, que começou este itinerário catecumenal movido por um anúncio de uma verdade, uma alegria, que é o anúncio do evangelho, como diz o papa Francisco: é a alegria do Evangelho. Alguém alegrou o coração de vocês dizendo que existe a Igreja, que existe esse grupo de crisma, que existe o catecumenato crismal e que vale a pena conhecer mais profundamente esse Cristo [...]. Então vocês devem ser parabenizados não simplesmente pelo fato de receberem a unção do crisma mas por terem perseverado desde o início até o fim. O fim de uma etapa, mas não é fim de todo caminho. [...]”
 
E continuou: “Outro aspecto de vocês estarem em pé é demonstrar uma prontidão para o santo serviço que a igreja hoje deposita como esperança em cada um de vocês. Quando nós ungimos, o coração do bispo se enche de alegria pela presença desse próprio Espírito. Também é um dia de esperança pois nós queremos ouvir de cada um de vocês: “Eis-me aqui”; “Senhor Jesus, coloco-me a serviço da tua Igreja”. E esse gesto de ficar em pé, significa que vocês estão preparados para serem enviados. “
 
Prosseguindo, o bispo fez uma síntese das leituras do dia, destacando, na primeira leitura (At 2, 1-11), a alegria e a unidade na diversidade de línguas, ressaltando que os apóstolos perceberam essa maravilha ao ver tantas pessoas, de diversas partes do mundo falando a mesma língua na fé. Comentando a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (12, 3b-7.12-13), afirmou que todos nós fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, que é o corpo do senhor Jesus. Ainda que de famílias diferentes, nós recebemos um único batismo; e que a solenidade de Pentecostes nos faz refletir para que relevemos tudo aquilo que é divisão em nós, tudo aquilo que é rixa, tudo aquilo que se opõe à unidade. No Evangelho (Jo 20, 19-23), o Cristo nos dá o seu Espírito Santo para que os apóstolos possam transformar a dor em alegria; o Espírito é o sopro de vida!

Dom Pedro relatou aos jovens parte de sua caminhada na Igreja. “Eu fui crismado numa idade um pouco acima de vocês, fui crismado com 18 anos. Não me lamento por isso! Trabalhei muito na Igreja. Tive tempo suficiente para amadurecer o pensamento em Cristo. Então, quando eu vejo vocês, eu me vejo lá atrás! [...]. Aquela mesma alegria ao lado do meu padrinho, com toda convicção, com todo credo na minha cabeça... e amando cada vez mais! Quanto mais eu aprendia sobre a nossa religião, mais amor eu sentia! Mais unido eu estava à Igreja de Cristo. Por isso quando fui crismado, eu perguntei ao padre: ‘Padre, e agora, o que eu vou fazer? Onde o senhor precisa que eu trabalhe?’ ‘Você vai coordenar o grupo de perseverança da paróquia!’ [...] Fiz esse trabalho segundo a vontade do Espírito até quando ele quis.”

E, concluindo, deixou uma mensagem de fé e confiança para os crismandos: “Não tenham medo, jovens, de dizer SIM a Cristo, como dizia o papa emérito. Ele não tira nada de vocês; ele dá, e dá em abundância! E ainda, para que vocês continuem a amar incondicionalmente a fé e a Igreja de vocês, eu sempre digo três coisas que devemos nos orgulhar: a nossa nacionalidade, a nossa etnia e a nossa fé!”





Texto: Flávio Maia - PASCOM/Campanha