menu superior

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Aniversário de Falecimento de D. Othon Motta



32º. Aniversário de Falecimento do servo de Deus Dom Othon Motta

No último dia 4 de janeiro, a paróquia Santo Antônio celebrou o aniversário de falecimento do Servo de Deus Dom Othon Motta, o terceiro bispo da diocese de Campanha. A celebração foi presidida por D. Pedro Cunha Cruz, e concelebrada pelo pároco, Pe. Luzair Coelho de Abreu e pelo vigário e reitor do seminário propedêutico, Pe. Edson Pereira de Oliveira.

Novena preparatória e Missas do dia 4

 


Em novembro último, mais precisamente no dia 5, iniciou-se o processo de beatificação do Servo de Deus. Na ocasião foi feita a exumação dos restos mortais e, na celebração, foi feito o translado dos restos mortais para o sarcófago construído na entrada da Catedral Santo Antônio. Após a celebração, foi feita a instalação do Tribunal para a causa de beatificação, com a presença do postulador da causa, o italiano Paolo Vilotta.

Para difundir a devoção ao Servo de Deus, a paróquia sede da diocese promoveu novena para celebrar o aniversário de morte de D. Othon. A novena foi do dia 26 de dezembro e se estendeu até 3 de janeiro. É uma iniciativa para o servo de Deus se tornar mais conhecido entre os mais jovens e a população campanhense que não teve contato pessoal com o bispo.

A partir desta iniciativa, sempre no dia 4 de cada mês, será celebrada missa na intenção do Servo de Deus, com a reza da oração pela Beatificação.
A celebração foi animada pelo Coral Catedral, sempre presente nos momentos mais solenes da paróquia.
  

A Homilia


Em sua pregação, D. Pedro Cunha Cruz ressaltou algumas traços de santidade em D. Othon Motta. Confira alguns fragmentos.

 “Tenho a satisfação de presidir esta eucaristia do 32º aniversário de morte do nosso terceiro bispo diocesano, D. Othon Motta. Ainda muito bem lembrado na arquidiocese do Rio, sua arquidiocese natal como também aqui entre nós pela fecundidade e santidade de seu pastoreio. Então esta é a razão primeira que, neste dia 4 de janeiro, que no ano de 1985, partiu de nossa convivência e foi ao encontro de Cristo Jesus.”

 “Um traço marcante de sua santidade se espelha através do gesto da caridade. Então, hoje, estamos iniciando essa tradição [celebrar todo dia 4 missa pela alma do Servo de Deus] após abertura do processo de beatificação. Tudo começa de modo singelo, de maneira pequena. Começa de maneira singela, pois a coisas de Deus são assim. Trocando um pouco de experiência com os membros da Associação Pe. Victor, eles diziam: ‘Dom Pedro, quando nós começamos o processo de beatificação do Pe. Victor, nós não tínhamos absolutamente nada! Zero centavo em caixa, de doação zero centavo; tudo começou com muito sacrifício, muito esforço, até que pudesse chegar como estamos hoje’. Assim também é o início deste processo de beatificação, que progressivamente vai evoluindo. Não segundo o nosso esforço humano, mas segundo o projeto de Deus. Se houve uma aceitação por parte da Igreja, de uma Congregação, que é a Congregação par a Causa dos Santos, é porque os homens que são escolhidos por Deus para tal, identificaram traços da santidade, que é comum em cada um nós, mas que vai se abrilhantando em alguns modelos de vida. E graças a Deus, Ele suscita isso no coração dos homens para mostrar a todos nós que essa santidade, é vocação para todos, é universal, mas também consegue inspirar esta vocação para qual todos nós somos chamados. E para nós é motivo de orgulho termos pessoas assim que mostram que a santidade de Deus é o centro, não é apenas uma artimanha, uma ideologia, uma ideia fantasmagórica; é algo real, algo possível.”

 “Muitas pessoas sublinham duas questões fundamentais na vida do nosso servo de Deus. A primeira, como todos vocês sabem é o homem da caridade. Seguindo, portanto a ordem maior do santo papa João Paulo II, que muito bem entendeu e descreveu a voz de Deus, ao definir a caridade é maior que tudo na nossa vida,  que este é o dom mais elevado, mais sublime, que expressa todo o nosso ser cristão. E o segundo aspecto é que D. Othon, acometido de uma enfermidade, sem retrucar, se lamentar com Deus, inclusive muitos sacerdotes contemporâneos de D. Othon relatam isso, o quanto o bispo oferecia essa dor, essa enfermidade, esse mau físico, pela santificação do mundo, pela santificação dos fiéis, dos membros da igreja, pela santificação do clero, pela santificação de seu rebanho. E assim nós devemos entender a dor de um pastor.”

“Aqui em Minas Gerais nós temos dois bispos, um emérito e outro titular, que estão internados em duas cidades distintas. Estou particularmente acompanhando o caso de um deles, com notícias diárias e oferecendo orações também por ele. E é interessante que, cada visita que ele recebe de um padre, de um bispo, eles descrevem que o bispo não está com dor, nem com enfermidade, mas sempre esperançoso, sempre alegre, sorridente, mas certamente no seu íntimo vem oferecendo tudo isso pela causa de seu rebanho. E assim é a dor como deve ser compreendida por nós, cristãos, e é a dor que as pessoas conseguem trilhar o caminho da santidade.”

A homilia de D. Pedro está disponível no link abaixo.


Oração pela beatificação de Dom Othon Motta

Ó Trindade Santa, fonte de toda santidade, nós vos louvamos pela vida de vosso servo, Dom Othon Motta, Pastor do vosso rebanho, que a todos mostrou a vossa ternura e misericórdia, dai-nos a graça de viver a caridade fraterna, dando especial atenção aos mais necessitados e frágeis. Concedei, também, que por sua intercessão alcancemos a graça especial de que tanto necessitamos (em silêncio apresentar a intenção), se for com o nosso bem e nossa salvação, e que um dia possamos vê-lo inscrito entre os vosso santos. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.


Graças alcançadas

A comissão de postulação pede também, que caso algum fiel tenha relato de alguma graça alcançada, entre em contato com a comissão através do e-mail secretpast@diocesedacampanha.org.br. Esses relatos são muito importantes para a análise da comissão. E caso tenha algum objeto que pertenceu ao Servo de Deus, o promotor pede que faça a doação para o Memorial Dom Othon, esses objetos ajudam a recontar e recriar a história do bispo.


Doações para a causa de beatificação podem ser feitas através de depósito bancário em conta poupança na Caixa Econômica Federal, ag 0102 – conta 2735-5 (em nome da Mitra diocesana de Campanha)

O Memoria D. Othon funciona na antiga residência do Servo de Deus, localizado à Rua João Luiz Alves, 122. Horário de funcionamento: de Segunda a Sexta-feira: das 14h às 16h; Sábado e Domingo: 9h30min às 11h30min.


Dom Othon

Dom Othon Motta é carioca, nascido em 12 de maio de 1913. Realizou seus estudos clericais em seminários do Rio de Janeiro e São Paulo. Foi em 12 de janeiro de 1936, sendo imediatamente designado professor no Seminário São José do Rio Comprido, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, onde também foi Diretor Espiritual. Também fez parte do cabido de cônegos da Arquidiocese carioca. Em 10 de março de 1953, foi eleito bispo titular de Uzita, sendo sua ordenação episcopal em 24 de maio de 1953 e nomeado bispo auxiliar de Juiz de Fora. Em 1955, foi nomeado bispo auxiliar do Arcebispo do Rio de Janeiro. Em 30 de maio de 1959 foi designado bispo coadjutor da Campanha, com direito à sucessão, o que ocorreu a 16 de maio de 1960, quando sucedeu a Dom Frei Inocêncio Engelke ofm. Foi pastor zeloso, competente, modesto, afável e acessível a todos. Realizando as visitas pastorais, percorreu, por várias vezes, todo o território de seu bispado. Em 16 de janeiro de 1982, renunciou ao bispado da Campanha. Vitimado pela Doença de Parkinson, faleceu em 4 de janeiro de 1985. Seu lema episcopal foi: “In vínculis caritatis” – “nos vínculos da caridade” (Oséias 11,04).


Texto: Flávio Maia Custódio - PASCOM/Campanha
Reportagem fotográfica completa na fan page https://www.facebook.com/paroquiasantoantonio.campanhamg

Nenhum comentário:

Postar um comentário