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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Dedicação da Catedral


Dedicação da Catedral de Campanha
“Vós como pedras vivas, formai o verdadeiro templo espiritual do Senhor” (1 Pd 2, 5)


Cátedra episcopal



Na noite de sexta-feira, dia 27 de janeiro, o vigário paroquial e reitor do seminário propedêutico, Pe. Edson Pereira de Oliveira, presidiu a Solenidade da Dedicação da Catedral de Campanha. Esta missa é considerada solenidade em Campanha, e festa litúrgica nas demais paróquias de nossa diocese. A dedicação da Catedral ocorreu em 28 de janeiro de 1957 (há 60 anos), quando o segundo bispo diocesano, o franciscano D. Inocêncio Engelke, celebrou seu jubileu de ouro sacerdotal.

 
 
 
 

A Igreja Catedral
A catedral é o templo que está a cátedra do Bispo, que é o sinal do magistério do pastor da diocese, bem como sinal de unidade dos crentes naquela fé que o Bispo anuncia como pastor do rebanho. Ela deve ser considerada como imagem figurativa da Igreja visível de Cristo, que reza, canta e adora; deve, consequentemente, ser vista como a imagem do seu Corpo místico, cujos membros estão juntos e ao mesmo tempo, espalhados pelas paróquias que compõem esta porção do Reino de Deus. Neste sentido, a igreja catedral deve ser considerada como o centro da vida litúrgica da diocese.

A catedral de Campanha, teve sua pedra fundamental abençoada em 21 de janeiro de 1787. É o segundo templo dedicado a Santo Antônio. O primeiro, estava localizado pouco abaixo de onde se encontra a catedral. Levou 35 anos para ser terminada e foi abençoada em 31 de março de 1822. Entretanto, a conclusão das torres só ocorreu em 1871. Em 19 de setembro de 1909, data da sagração episcopal de Monsenhor João de Almeida Ferrão, primeiro bispo da Diocese da Campanha, a Matriz tornou-se Catedral. Ao longo de sua história, o templo sofreu várias intervenções arquitetônicas, sendo mais relevante, a reforma de 1925, que alterou o estilo das torres e a de 1948, que alterou a nave central, abrindo os arcos laterais, revestindo o piso de mármore e construindo a cripta para sepultamento dos bispos campanhenses.


Em 28 de julho de 2013, a catedral foi fechada para restauro, onde foram trocados forro, telhado, corrigidos problemas estruturais, implantação de novo sistema de som, pintura interna e externa, restauro das peças sacras e todos os altares, colocação de novo calçamento nos passeios laterais, e também a reforma do salão paroquial. A Catedral foi reaberta para os ofícios litúrgicos no dia 25 de março de 2015, solenidade da Anunciação do Senhor.

Medidas: Comprimento: 75m; largura: 25m; altura: 36m; nave central: 17m; espessura das paredes: 1,8m (paredes são de taipa)

 
Solenidade da Dedicação
A celebração do aniversário da dedicação da Igreja Catedral, contribui para realçar a importância e dignidade da Igreja particular ou Diocese. O espaço celebrativo é o lugar onde acontece a ação litúrgica da assembleia cristã. Este espaço é a casa da Igreja, o espelho da própria assembleia reunida. O vocábulo “catedral” deriva do grego “Káthedra”, que se traduz como “cadeira” do bispo. No latim, a expressão “ecclesia cathedralis” é utilizada para designar a igreja que contém a cátedra oficial de um bispo. O adjetivo cathedra foi ao longo dos tempos assumindo o caráter de substantivo. Hoje é o termo mais comumente utilizado para designar estas igrejas. A designação “ecclesia cathedralis” foi aparentemente utilizada pela primeira vez nos atos do Concílio de Tarragona em 516. Outra designação que era utilizada para “ecclesia cathedralis” era “ecclesia mater”, ou “Igreja-Mãe”, indicando-se assim que esta seria a Igreja “Mãe” da Diocese.

 
Nos primeiros séculos do cristianismo, a cátedra foi objeto de muita veneração. No século II, Tertuliano aconselhava os cristãos a visitar as igrejas apostólicas onde haviaas cadeiras dos apóstolos. Santo Agostinho, no século V, destacava a importância das comunidades cristãs que mereceram possuir as sedes dos apóstolos e receber suas epístolas.

 
Esta veneração levou a dedicar festas especiais para honrar a cátedra de São Pedro em Roma e em Antioquia, veneração esta que continuou para as cátedras dos bispos, sucessores dos apóstolos. Daí a importância que adquiriu a igreja onde estava a cátedra do bispo. Em todas as dioceses do mundo, a catedral é lugar de referência da fé, e lugar sagrado onde os fiéis de uma igreja particular se reúnem especialmente por alguma significativa celebração para exprimir e proclamar a própria fé é a própria unidade em Cristo. A catedral é o centro eclesial e espiritual da Diocese. A catedral é o símbolo visível da unidade de toda a comunidade cristã.

O acendimento das velas
Momento sempre marcante na solenidade da Dedicação da Catedral é o acendimento das velas que estão dispostas em frente às cruzes que estão ao longo da nave central e da capela-mor. Essas cruzes, de mármore, foram ungidas com o óleo crismal por D. Inocêncio, quando fez a dedicação do templo. São 12 cruzes, cada uma simbolizando um dos apóstolos. 

A Homilia
“No dia em que dom Inocêncio consagrou esta igreja. Ele consagrou não só aquele altar que está no fundo de nossa Catedral [referindo-se ao altar-mor, de Santo Antônio], mas também cada uma das cruzes que estão dispostas ao redor da nave e do presbitério deste templo. Estas cruzes foram aspergidas, ungidas com o óleo do santo crisma para lembrar as colunas que sustentam a verdadeira igreja de Cristo. Ou seja, o templo maravilhoso que nós temos aqui em Campanha, é sinal para nós do templo espiritual que vem de Deus. A Igreja é o corpo de Cristo e esta igreja tem o alicerce que é os apóstolos.”


“Ela é bela não só pela sua arquitetura, mas sobretudo pelo seu simbolismo. Amanhã [dia 28 de janeiro], todas as missas, até o pôr-do-sol, lembrarão desta igreja, mas não só do templo, mas também desta porção do Sul de Minas. Que coisa bonita: nenhuma outra paróquia, é celebrada em outra data. Somente esta Catedral. Ela é a igreja principal, a igreja mãe, onde está a cátedra, a cadeira, de nosso bispo, de onde ele governa e pastoreia seu rebanho. Nós estamos celebrando hoje não só a igreja material, que com a sua ajuda, foi totalmente restaurada; e mais do que isso, celebramos hoje, também, a Igreja espiritual, que é todo povo de Deus da nossa diocese de Campanha, sob o pastoreio de nosso bispo”

“Somos convidados a compreender uma realidade que é mais profunda. Se nós estamos celebrando a igreja material, que simboliza a igreja espiritual, nós somos parte desta igreja. Nós somos a matéria-prima que sustenta as suas paredes. Então, eu tenho que me sentir igreja, eu tenho que me sentir parte, tenho que me sentir pertencente. A igreja não é feita somente das suas colunas. Se houvesse apenas as colunas, ficaria um grande vazio. Mas o povo de Deus vai preencher todas as lacunas. É o povo que faz a igreja estar unida e ser capaz buscar a presença de Deus. Celebramos hoje o seu povo, estamos celebrando os seus pastores, principalmente nosso bispo D. Pedro, e também o clero desta diocese. ”
 
 
 

“Isto muito mais que motivo de glória, deve ser para nós motivo de responsabilidade. Se aqui está a igreja-mãe, aqui está também o povo mais próximo. E quem está mais próximo da mãe, recebe mais ensinamento. E acima de tudo uma compreensão é importante para nós: não só esta igreja é templo material, não só esta igreja é templo espiritual; que não somente eu faço parte desta igreja, mas que eu também sou santuário desse mesmo Deus que habita em nosso meio. E ao celebrarmos a dedicação desta catedral, esta igreja-mãe, nós também temos a certeza de que Deus habita em nós, pela ação de seu espírito. E assim, como nós somos parte desta igreja, iluminada pela vela dos apóstolos, somos chamados a sermos sinal de conversão e questionamento, e acima de tudo, sinal de salvação para todos. ”

 
Confira a íntegra da homilia acessando o link abaixo:

 
Fonte: PASCOM – Paróquia Santo Antônio
Reportagem fotográfica completa na fan page da paróquia


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